São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

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Empresas disputam executivos no Rio

Investimentos na cidade elevam procura por profissionais; remuneração sobe e companhias repatriam talentos

Salários dos executivos no Rio de Janeiro estão se igualando aos do mercado paulista; defasagem era de 30%
FABIA PRATES
DO RIO

A atratividade do Rio de Janeiro provocada pelos investimentos na área de petróleo e gás e, mais recentemente, pelos preparativos para a capital ser uma das sedes da próxima Copa do Mundo e palco da Olimpíada de 2016 aquece o mercado de trabalho dos executivos.
As empresas de "headhunter", que fazem os processos seletivos para posições em altos postos, verificam crescimento da demanda e enfrentam dificuldades para preencher vagas.
Em alguns casos, profissionais são importados de outros Estados. Cariocas que saíram do Rio de Janeiro para fazer carreira em São Paulo são convidados a fazer o caminho de volta.
A Fesa, empresa de recrutamento de altos executivos, registrou crescimento de 32% nas contratações de profissionais no Estado. Alessandra Simões, diretora da empresa, diz que o movimento repõe um esvaziamento de posições seniores que houve nos últimos dez anos.
"Antes, o Rio de Janeiro era engolido por São Paulo. Com a retomada dos investimentos, principalmente por conta do pré-sal, percebe-se uma movimentação do mercado em busca de pessoas com capacidade para preencher altas posições", diz.
Já a Agnis viu crescimento de 35% na demanda em 2010. Robson Castro, diretor-geral, afirma que há vagas tanto para TI, jurídico e administrativo como para funções técnicas.
No último caso, a dificuldade para encontrar candidatos com o perfil adequado é maior, já que os contratantes exigem experiência.

PETRÓLEO
As exigências aumentam no setor de petróleo e gás, pois os futuros empregadores buscam pessoas que tenham algum tipo de relação com a Petrobras, centro das atenções das empresas que chegam ao país para fornecer equipamentos e serviços para a indústria petrolífera.
Aquele que preenche todos esses requisitos torna-se um profissional disputado. A procura maior que a oferta está levando empresas a ajustar seus pacotes de benefícios. Consequência disso é que os salários dos executivos no Rio estão se igualando aos oferecidos no mercado paulista -antes a defasagem era de cerca de 30%.
Para conseguir o profissional desejado, além de salários, as empresas têm aberto os cofres e negociado vantagens como bônus de entrada maior e aumento no percentual de remuneração associada ao desempenho.
A Korn/Ferry, uma das maiores do setor, diz que há demanda tanto de empresas que já estão no Rio e abrem novas divisões quanto de multinacionais que estão se instalando no Brasil. Entre 2009 e 2010, o aumento de posições em aberto foi de 40% a 50%, segundo Alexandre de Botton, responsável pelo escritório do Rio.


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