São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 2011

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Risco nuclear japonês volta a derrubar Bolsas

Advertência de autoridades contra níveis de radiação gera nervosismo

Economia americana, com inflação mais alta, também forneceu motivo para perdasna sessão de ontem

EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

Embora a Bolsa japonesa tenha subido 5,7% ontem e recomposto parte das fortes perdas anteriores, os demais mercados sofreram queda.
Sobressaiu a preocupação com a crise nuclear no Japão, agravada horas depois do fechamento em Tóquio.
Autoridades internacionais multiplicaram as advertências sobre os níveis de radiação "extremamente altos" no complexo nuclear de Fukushima, o que fez disparar ordens de venda nas principais Bolsas.
No Brasil, a Bovespa cedeu 1,5%, enquanto o dólar subiu 0,36%, para R$ 1,674, maior taxa em cerca de dois meses. A derrocada foi pior no exterior, com perdas de 1,7% em Londres, de 2,2% em Paris e de 2% em Nova York.
Por enquanto, o mercado se move guiado apenas pelas incertezas da situação atual, sem considerar ainda um quadro "catastrófico" para a tragédia de Fukushima.
Alguns analistas afirmam que o governo japonês pode "surpreender", anunciando o controle total do problema.
Os EUA já enviaram técnicos para a região do desastre. E, ontem, a ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, instou os países membros do G7 (grupo das nações mais desenvolvidas) a considerar a compra de títulos públicos japoneses como forma de apoio ao país.
Outras notícias também afetaram os mercados. O ritmo de construção de casas nos EUA ficou bem abaixo das expectativas; e a taxa de inflação (no atacado) no país atingiu 1,6% em fevereiro, superando com folga as piores projeções.


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