São Paulo, quinta-feira, 17 de junho de 2010

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Tempo de espera reduz número de fretes

DE SÃO PAULO

As longas horas de espera para descarregamento dos caminhões no porto de Santos têm provocado uma redução no número de fretes por caminhão.
Segundo o SindiSan (Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista), o tempo para o descarregamento de contêineres no porto reduziu para dois o número de fretes possíveis entre São Paulo e Santos por semana.
"A frequência normal seria de cinco fretes na semana, mas os longos períodos de espera inviabilizam isso", diz Marcelo Marques da Rocha, presidente do SindiSan.
Danilo Tavares, 31 anos, conhece a rotina de longa espera nos pátios onde são obrigados a aguardar a vez em Santos. Tavares transporta açúcar e tinha como meta sair do interior de São Paulo e ir para Santos cerca de cinco dias por semana. Ficou mais difícil alcançar essa meta.
Isso representa menor renda. A maior parte dos caminhoneiros recebe comissões sobre o frete. A redução do número de fretes representa portanto queda de renda.
O caminhoneiro João Neilen afirma que já cumpriu 22 fretes num mês, entre o interior de São Paulo e a Baixada. "Atualmente, não consigo fazer mais do que 13 num mês", diz. Com uma renda de R$ 120 por frete, Neilen sentiu a renda cair bastante nos últimos tempos.

SOLUÇÃO
Paulino Vicente, diretor de infraestrutura da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), disse que o açúcar, principal produto embarcado em Santos, passará a ser transportado por ferrovia. "Hoje, 30% do açúcar vem para Santos de trem. Em três anos, a ferrovia carregará 70% do açúcar para Santos", diz Vicente.
(AB)


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