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Tempo de espera reduz número de fretes
DE SÃO PAULO
As longas horas de espera
para descarregamento dos
caminhões no porto de Santos têm provocado uma redução no número de fretes por
caminhão.
Segundo o SindiSan (Sindicato das Empresas de
Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista), o tempo para o descarregamento
de contêineres no porto reduziu para dois o número de fretes possíveis entre São Paulo
e Santos por semana.
"A frequência normal seria
de cinco fretes na semana,
mas os longos períodos de
espera inviabilizam isso", diz
Marcelo Marques da Rocha,
presidente do SindiSan.
Danilo Tavares, 31 anos,
conhece a rotina de longa espera nos pátios onde são
obrigados a aguardar a vez
em Santos. Tavares transporta açúcar e tinha como meta
sair do interior de São Paulo e
ir para Santos cerca de cinco
dias por semana. Ficou mais
difícil alcançar essa meta.
Isso representa menor renda. A maior parte dos caminhoneiros recebe comissões
sobre o frete. A redução do
número de fretes representa
portanto queda de renda.
O caminhoneiro João Neilen afirma que já cumpriu 22
fretes num mês, entre o interior de São Paulo e a Baixada.
"Atualmente, não consigo fazer mais do que 13 num mês",
diz. Com uma renda de
R$ 120 por frete, Neilen sentiu a renda cair bastante nos
últimos tempos.
SOLUÇÃO
Paulino Vicente, diretor de
infraestrutura da Codesp
(Companhia Docas do Estado de São Paulo), disse que o
açúcar, principal produto
embarcado em Santos, passará a ser transportado por
ferrovia. "Hoje, 30% do açúcar vem para Santos de trem.
Em três anos, a ferrovia carregará 70% do açúcar para
Santos", diz Vicente.
(AB)
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