São Paulo, sexta-feira, 17 de junho de 2011

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Apreensão de agrotóxico tem alta de 137%

Segundo a Receita, a mercadoria contrabandeada foi apreendida nos Estados do Sul

LUCIANA DYNIEWICZ
DE SÃO PAULO

O volume de agrotóxicos contrabandeados apreendidos nos Estados do Sul aumentou 137% em 2010.
Foram apreendidos R$ 4,3 milhões em mercadorias no ano passado, ante R$ 1,8 milhão em 2009, de acordo com a Receita Federal.
O chefe da Repressão de Contrabando da Receita no Paraná e em Santa Catarina, Sérgio Lorente, aponta como causas a safra recorde registrada no ano passado e a queda na cotação do dólar.
Os agrotóxicos comercializados ilegalmente não têm licença para serem usados no Brasil e, segundo testes, seu conteúdo muitas vezes não condiz com o rótulo, afirma Paulo Renato da Paz, superintendente da Receita no Rio Grande do Sul.
Normalmente, um defensivo precisa passar por testes nos ministérios da Agricultura, da Saúde e do Meio Ambiente para ser registrado.
O Sindag (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defensivos Agrícolas) afirma que o processo de licenciamento custa cerca de US$ 3.000 e leva em média três anos para ser concluído.
Sem precisar de registro e sem ser tributado, o defensivo contrabandeado fica até 50% mais barato.
Como esses agrotóxicos não passam por controle de qualidade, não é possível saber o impacto que causam ao ambiente e às pessoas, diz o coordenador de Agrotóxicos do Ministério da Agricultura, Luis Eduardo Rangel.
A mercadoria ilegal costuma vir da China e entrar no Brasil pelo Paraguai ou pelo Uruguai. Os produtos que combatem plantas dani- nhas em lavouras de trigo são os mais contrabandeados atualmente.
O Sindag calcula que deixou de faturar US$ 650 milhões em 2010 por causa do contrabando.


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