São Paulo, sábado, 17 de julho de 2010

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Ações de bancos nos EUA desabam após reforma

Aprovação de projeto gera temor sobre como setor vai manter lucratividade

Lucro do Bank of America, o maior dos EUA, foi ajudado pela venda de participação no Itaú Unibanco

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os ganhos bilionários dos bancos americanos não foram suficientes para abater as dúvidas que existem sobre os rumos do setor após a aprovação da reforma financeira pelo Congresso.
As ações de JPMorgan, Bank of America e Citigroup (os três maiores bancos dos EUA) desabaram ontem, apesar de os lucros terem superado a previsão de analistas.
A reforma financeira aprovada anteontem nos EUA é a mais ampla desde a Grande Depressão, nos anos 1930, e aumenta os poderes de intervenção estatal no setor.
A mudança na legislação tem gerado dúvidas sobre como os bancos vão manter os lucros com as novas restrições. Ela pretende, entre outras medidas, reprimir os comportamentos mais arriscados em Wall Street, ao restringir a capacidade dos bancos para investir e operar por conta própria.
Os papéis do Bank of America foram os que mais sofreram, com queda de 9,16% no valor, a maior em mais de um ano. As ações do Citigroup recuaram 6,25%, e as do JPMorgan, 3,61%.
Os três bancos tiveram queda no lucro no segundo trimestre deste ano, em parte explicada pelos menores ganhos com investimentos, já que as Bolsas americanas recuaram entre abril e junho.
No caso do Bank of America (o maior dos EUA em ativos), o lucro de US$ 3,1 bilhões (queda de 3%) foi ajudado pela venda da participação no Itaú Unibanco, que lhe gerou ganhos antes de impostos de US$ 1,2 bilhão.
O Citigroup e o JPMorgan diminuíram as suas provisões contra calotes, sinalizando que os consumidores americanos estão conseguindo manter as contas em dia.


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