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Ações de bancos nos EUA desabam após reforma
Aprovação de projeto gera temor sobre como setor vai manter lucratividade
Lucro do Bank of America, o maior dos EUA, foi ajudado pela venda de participação
no Itaú Unibanco
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Os ganhos bilionários dos
bancos americanos não foram suficientes para abater
as dúvidas que existem sobre
os rumos do setor após a
aprovação da reforma financeira pelo Congresso.
As ações de JPMorgan,
Bank of America e Citigroup
(os três maiores bancos dos
EUA) desabaram ontem, apesar de os lucros terem superado a previsão de analistas.
A reforma financeira aprovada anteontem nos EUA é a
mais ampla desde a Grande
Depressão, nos anos 1930, e
aumenta os poderes de intervenção estatal no setor.
A mudança na legislação
tem gerado dúvidas sobre como os bancos vão manter os
lucros com as novas restrições. Ela pretende, entre outras medidas, reprimir os
comportamentos mais arriscados em Wall Street, ao restringir a capacidade dos bancos para investir e operar por
conta própria.
Os papéis do Bank of America foram os que mais sofreram, com queda de 9,16% no
valor, a maior em mais de um
ano. As ações do Citigroup
recuaram 6,25%, e as do
JPMorgan, 3,61%.
Os três bancos tiveram
queda no lucro no segundo
trimestre deste ano, em parte
explicada pelos menores ganhos com investimentos, já
que as Bolsas americanas recuaram entre abril e junho.
No caso do Bank of America (o maior dos EUA em ativos), o lucro de US$ 3,1 bilhões (queda de 3%) foi ajudado pela venda da participação no Itaú Unibanco, que
lhe gerou ganhos antes de
impostos de US$ 1,2 bilhão.
O Citigroup e o JPMorgan
diminuíram as suas provisões contra calotes, sinalizando que os consumidores
americanos estão conseguindo manter as contas em dia.
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