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Codesp vai limitar caminhões em Santos
Plano é criar uma cota para os terminais e controlar o acesso antes da Baixada Santista
AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO
A Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo)
vai criar cotas para limitar o
acesso de caminhões aos terminais instalados no porto
de Santos. O controle começará em 90 dias. A empresa
avalia que a medida poderá
reduzir congestionamentos
no porto e em seu entorno. O
porto deve bater recorde de
exportação este ano.
A informação é do diretor
comercial do porto, Carlos
Kopittke. O controle do fluxo
pedido aos terminais não
funcionou. A administração
do porto havia solicitado a
todos os operadores portuários o controle do fluxo de
carga para o carregamento
de navios em Santos.
O porto de Santos, responsável por 25% do comércio
exterior brasileiro, deve movimentar 94 milhões de toneladas de carga neste ano, 10
milhões de toneladas a mais
do que em 2009. Segundo
Kopittke, o porto suporta até
115 milhões toneladas.
A meta é distribuir o fluxo
de carga. "Hoje, há uma concentração no horário comercial, embora o porto funcione
24 horas", diz.
A Codesp ainda não definiu o local da barreira para a
triagem e a concessão de senhas necessárias ao acesso
aos terminais. Isso poderá
funcionar na própria baixada ou ainda na região do Planalto, antes da serra do Mar.
"O local não foi escolhido,
mas não será no Ecopátio."
O Ecopátio é uma estrutura administrada pela Ecorodovias, concessionária do
complexo Anchieta-Imigrantes. Foi criado em 2006 para
evitar que os caminhoneiros
alcançassem o porto de Santos sem a garantia de vaga
para o descarregamento.
A estrutura funciona como
um "pulmão" para os terminais. Mas o modelo também
não tem avaliação unânime.
Os caminhoneiros reclamam do alto custo da estadia
obrigatória no pátio. Um
acordo com o sindicato assegura uma ajuda de custo
após a 24ª hora de espera,
mas eles alegam que o valor
não banca as despesas.
Em períodos mais críticos,
como o mês de agosto (quando houve grande volume de
exportação de açúcar), o
tempo de espera superou
dois dias. Nesta semana, a reportagem da Folha esteve na
região. Segundo os caminhoneiros, o tempo de espera era
de 15 horas para descarregar
após a chegada.
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