São Paulo, quarta-feira, 17 de novembro de 2010

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Caixa terá poder de veto sobre venda do PanAmericano

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
EDUARDO CUCOLO
DE BRASÍLIA

A Caixa Econômica Federal terá poder de veto sobre a venda da parte do banco PanAmericano, que pertence hoje ao grupo Silvio Santos.
A participação na instituição financeira é uma das garantias dadas pelo atual controlador para obter o empréstimo de R$ 2,5 bilhões para sanear a instituição.
Como a Caixa comprou 49% do capital votante da instituição (se comprasse mais o PanAmericano se tornaria estatal), o comprador terá a maior parte das ações.
A presidente da Caixa, Maria Fernanda Coelho, afirmou que o acordo de acionistas prevê que todas as decisões tomadas pelo conselho de administração do banco privado, inclusive uma alteração societária, sejam de comum acordo entre as partes.
Maria Fernanda disse que, até o momento, não foi informada sobre interessados no negócio.
A Caixa entrou na sexta-feira passada com uma interpelação extrajudicial para ouvir as empresas responsáveis pela auditoria no PanAmericano, que não detectaram a fraude, descoberta posteriormente pelo Banco Central. Espera agora uma resposta antes de tomar outras medidas.

INTERESSADOS
Ao menos dois bancos de investimento, focados no negócio de fusões e aquisições, já procuram um comprador para o PanAmericano.
A participação do grupo Silvio Santos no banco saneado valeria pelo menos R$ 1,5 bilhão, de acordo com o próprio empresário e apresentador.
Os bancos intermediadores seriam o Itaú BBA e o Pactual, que participaram, em 2007, da abertura de capital do PanAmericano. Procurados, ambos informaram que não comentam rumores de mercado.
A operação do PanAmericano, focado nas classes C e D, interessa especialmente ao Bradesco, que ficou para trás na consolidação do setor no país após as fusões entre Santander e Real e também de Itaú e Unibanco em 2007 e 2008. O Bradesco também nega a informação.
Ontem, o mercado especulava sobre a possível entrada do mineiro BMG, líder disparado no mercado de crédito com desconto em folha.
Em nota, o BMG não confirma a informação.
"A instituição reitera ainda que nem sequer possui informações sobre os números desse banco."


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