São Paulo, sexta-feira, 18 de março de 2011

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Dilma afirma que vai combater a inflação fazendo país crescer

Presidente diz que "emenda parlamentar vai ter de esperar", em referência a cortes

RAPHAEL VELEDA
ENVIADO ESPECIAL A UBERABA (MG)

A presidente Dilma Rousseff disse ontem em Minas Gerais que vai combater a inflação fazendo o país crescer.
Dilma foi ao Estado participar do lançamento de protocolo de intenções para a construção de fábrica de amônia da Petrobras em Uberaba, a 471 km de Belo Horizonte (leia texto abaixo).
A presidente disse que o Brasil crescerá mais e de maneira equilibrada.
"Tem muita gente que acha que você só controla a inflação derrubando o crescimento econômico. Mas se controla a inflação também fazendo o país crescer, aumentando a oferta de bens e serviços."
Em entrevista publicada na edição de ontem do "Valor Econômico", a presidente também abordou o aumento de preços, ao dizer que o governo não negociaria com a inflação.
"Isso não funciona. É aquela velha imagem da pequena gravidez. Não tem pequena gravidez. Ou tem gravidez ou não tem."
Apesar da desconfiança do mercado financeiro em relação às medidas adotadas pelo governo para conter a inflação, ela afirmou ao jornal que não permitirá saltos inflacionários e nega que o país crescerá menos do que o previsto nos próximos anos.
A pressão inflacionária neste início de governo, afirma a presidente, não é provocada por excesso de demanda. De acordo com ela, o país vem crescendo dentro de sua capacidade e não há motivo para buscar recordes de investimento.

CORTES
Dilma reiterou a jornalistas, após o evento em Uberaba, a contenção de despesas do governo federal.
"Estamos fazendo um contingenciamento de R$ 50 bilhões. Eu manterei esse contingenciamento", disse.
"Emenda parlamentar vai ter que esperar. Isso não é só Minas, é todo mundo", afirmou ainda a presidente.
Na entrevista concedida ao "Valor", Dilma buscou desqualificar reportagens e notas publicadas pela imprensa que apontam processos de desgastes de membros da Esplanada.
"Tem uma coisa que acho fantástica. Às vezes abro o jornal e leio que a presidenta disse isso, pensa aquilo, e eu nunca abri minha santa boca para dizer nada daquilo. Tem avaliações que um ministro subiu, outro desceu, que são absurdas. Absurdas!", disse.

Colaborou a Sucursal de Brasília


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