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"Garçom trapalhão" teria criado rodízio
DO ENVIADO A NOVA BRÉSCIA (RS)
A versão preferida pelos
brescienses para a criação
do "espeto corrido" é a de
um garçom trapalhão, que
vivia confundindo pedidos na churrascaria Jacupiranga, de Albino Ongaratto, em Registro (SP).
Para resolver a confusão -a troca de espetos-,
Ongaratto decretou que os
espetos com os diversos tipos de carne seriam passados de mesa em mesa. Surgia o rodízio de carnes.
Adelcio Domingos Cestari, 64, que saiu de Nova
Bréscia em 1967 para trabalhar com Ongaratto,
prefere atribuir à visão empresarial do ex-patrão a
criação do sistema.
"Naquela época não
existia rodízio sofisticado
como hoje, com muitos tipos de carne. Eram no máximo cinco ou seis as variedades. Albino, com visão, criou o sistema de rodízio para facilitar o serviço e oferecer opções aos
clientes", afirma Cestari.
Ele nega ter sido o garçom trapalhão e diz que o
sistema criado por Ongaratto foi o "ovo de Colombo" para o crescimento em
todo o país das churrascarias. E o "espeto corrido" é
o responsável êxodo dos
brescienses.
Reverenciado na cidade
como herói, Ongaratto deixou uma tradição familiar
em churrascarias. Hoje, as
segunda e terceira gerações dos Ongaratto administram churrascarias de
luxo pelo Brasil. A Batel
Grill, em Curitiba(PR), por
exemplo, é de descendentes de Ongaratto.
(JM)
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