São Paulo, quinta-feira, 18 de agosto de 2011

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Para a Globo, mudanças propiciam ganho

DO RIO
DE SÃO PAULO


Durante anos, as emissoras de TV resistiram ao projeto que abriria o mercado de TV a cabo para as teles. Ontem, as Organizações Globo consideraram a mudança positiva.
Segundo Jorge Nóbrega, diretor de Gestão Corporativa das Organizações Globo, houve um ganho com a divisão da cadeia de valor da TV paga, que separou as áreas das teles e a dos radiodifusores.
As teles, pela lei aprovada pelo Senado, não poderão controlar produtoras de conteúdo nem programadoras (que montam os canais). Podem ter até 30% dessas empresas.
Isso para impedir que elas usem seu poder financeiro para controlar a produção de conteúdo. Elas só poderão fazer a distribuição dos canais.
Já os radiodifusores ficarão impedidos de ter mais de 50% do capital de empresas de TV a cabo.
A Globo, que tem 50,01% do capital com direito a voto da Net Serviços, vai transferir o controle para o grupo mexicano Telmex.
Ainda não está definida a data dessa transferência. Mas, segundo o diretor, a Globo continuará acionista minoritária da Net, a exemplo da Sky.
O ponto negativo, segundo Nóbrega, é a instituição do sistema de cotas para conteúdo nacional.
A Globo considera uma forma inadequada de estimular a produção independente.

DIVERGÊNCIAS
A aprovação do projeto trouxe um problema para a Rede Bandeirantes. Dona da TV Cidade, ela terá de vender o controle da empresa de TV a cabo.
A emissora defendia a criação de mecanismos para que nenhum grupo , nacional ou estrangeiro, tivesse sozinho mais de 20% dos canais, uma forma de impedir o domínio da Globo. A reivindicação não foi contemplada.
Já o SBT e a Record foram contra o percentual de publicidade (25% do tempo total da programação) autorizado para a TV paga, o mesmo da TV aberta.
Elas entendem que as TVs pagas já têm a receita da venda de assinaturas e vão tirar publicidade das TVs abertas. A Globo defende que não haja limite para a publicidade. (EL e JW)


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