São Paulo, sábado, 18 de dezembro de 2010

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Deságio de 33% para Teles Pires surpreende

DE SÃO PAULO

O preço final do leilão da usina de Teles Pires, a principal hidrelétrica no último leilão do governo Lula, surpreendeu as autoridades do setor elétrico brasileiro.
Depois de uma hora de leilão, o consórcio formado pelas estatais Furnas e Eletrosul (com 24,5% cada), Neoenergia (50,1%) e Odebrecht (0,9%) venceu a disputa com um preço final de R$ 58,35 por MW/h, um deságio de 32,93% sobre o preço-teto de R$ 87. Com esse projeto, a Odebrecht passa a ter participação em duas usinas, Teles Pires e Santo Antônio, no rio Madeira (RO).
"Foi o preço mais baixo já obtido no país para uma energia nova", disse Maurício Tolmasquim, presidente da EPE. O preço da energia de Belo Monte, por exemplo, foi de R$ 78 por MW/h.
Ontem, 85% da energia que será gerada por Teles Pires foi negociada com as distribuidoras.
O consórcio tem agora cinco anos para começar a fornecer energia. O próximo passo será obter a licença de instalação para o início das obras. O empreendimento custará R$ 3,3 bilhões.
O governo negou que as estatais tenham pressionado o preço para baixo. "A Neoenergia é a líder do consórcio e é uma organização privada, que tem grande gestão financeira. As estatais não entraram afundando o preço", disse Nelson Hubner, diretor-geral da Aneel.
O fato de não ter havido ofertas para duas usinas que estavam no leilão (Cachoeira e Estreito, ambas no rio Parnaíba-PI) demonstra essa postura.
Além de Teles Pires, a energia da usina de Santo Antônio do Jari (AP) também foi negociada ao preço de R$ 104 por MW/h. (AB)


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