São Paulo, quarta-feira, 19 de janeiro de 2011 |
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VAIVÉM MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br Com demanda em alta, preço do cordeiro dispara O maior interesse do brasileiro por consumo de cordeiro e a queda nas exportações do Uruguai para o país fizeram a carne mais que dobrar de preço no ano passado. Segundo Robson Leite, presidente da fornecedora de carne de ovinos Savana, a alta foi de 120% em 2010, na média entre todos os cortes. A paleta, que ao final de 2009 custava entre R$ 10 e R$ 12 por quilo, em dezembro último era vendida por R$ 25. A Savana é especializada no mercado de alta gastronomia e tem entre os seus clientes redes como Fasano e Rubaiyat, em São Paulo. Das 240 toneladas de carne de cordeiro que a empresa vende por mês, a produção nacional responde por apenas 30%. A maior parte da carne vem do Uruguai. No ano passado, porém, restrições na oferta de importantes fornecedores globais, como Austrália e Nova Zelândia, provocaram um forte aumento na demanda pela carne uruguaia, e o vizinho deu prioridade a países que pagam melhor, como Canadá, EUA e União Europeia. Além disso, problemas climáticos reduziram o rebanho de ovinos no Uruguai e mudanças no trâmite para liberação das importações prejudicaram os negócios entre os dois países. As exportações de carcaças e peças não desossadas de ovinos para o Brasil caíram 21,6% entre janeiro e outubro de 2010, em relação a igual período de 2009, para 3,78 mil toneladas, segundo os últimos dados do Ministério do Desenvolvimento. Como a produção formal brasileira é de apenas 7.000 toneladas -praticamente o mesmo volume importado do Uruguai-, a menor oferta uruguaia influenciou a formação dos preços internos. O animal vivo, que chegou a R$ 2 o quilo no país em 2009, está em R$ 5, segundo Paulo Schwab, da Arco (associação dos criadores). Neste ano, a oferta deve retornar aos níveis de 2009, mas os preços, não, prevê Leite. Para ter um mercado mais equilibrado, o Brasil precisa alcançar a antiga meta de aumentar a produção. Novos derivativos 1 Um novo contrato futuro de soja, com liquidação financeira, passa a ser negociado na BM&FBovespa a partir de 27 de janeiro. A substituição da entrega física pela liquidação financeira tem o objetivo de ampliar o número de participantes no mercado. Novos derivativos 2 Esse é o quarto contrato agrícola com liquidação financeira da BM&FBovespa. Os mercados de milho, etanol e boi gordo já receberam contratos desse tipo. Na próxima semana, a soja também ganhará novos contratos de opção de compra e venda. Em alta O trigo subiu 2,6% em Chicago, para US$ 7,93 por bushel -maior alta em seis semanas. Sinais de aumento de demanda, com a compra de 145 mil toneladas pela Turquia, e problemas climáticos nos EUA, Austrália e China agitaram o mercado, disse a Bloomberg. Minerva compra frigorífico no Uruguai O frigorífico Minerva firmou ontem acordo para a compra do frigorífico Pul, em Cerro Largo, no Uruguai, por US$ 65 milhões. O frigorífico terá capacidade de abate total de 1.400 cabeças de bovinos por dia após a conclusão de investimentos em curso. O valor da aquisição, informou a empresa, já considera também os gastos com modernização e expansão. O faturamento projetado para este ano do frigorífico uruguaio é de US$ 125 milhões. A maior parte da receita é proveniente de exportações. A unidade tem acesso a mais de 40 mercados, segundo o Minerva. O Uruguai é o 15º maior produtor mundial de carne bovina e o 7º exportador. TATIANA FREITAS (interina) com KARLA DOMINGUES Texto Anterior: Safra: Volume de cana processada no centro-sul fica abaixo do previsto Próximo Texto: Alexandre Schwartsman: ¿Viva México? Índice | Comunicar Erros |
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