São Paulo, terça-feira, 19 de abril de 2011

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GM elege outra mulher para liderar empresa no Brasil

Californiana Grace Lieblein comandará operação após saída de Denise Johnson

Executiva responde por presidência da empresa no México desde 2008, onde ela reestruturou empresa após a crise

DE SÃO PAULO

Após a saída de Denise Johnson do comando da GM (General Motors) do Brasil em fevereiro deste ano, a montadora escolheu outra mulher para presidir a companhia no país: Grace Lieblein, que atualmente comanda a empresa no México.
Johnson ficou no cargo por oito meses, foi a primeira mulher a comandar a montadora e pediu demissão por razões de ordem pessoal.
A californiana Lieblein assumirá o cargo no Brasil a partir de 1º de junho. No México, ela comandou parte de uma reestruturação com corte de 300 empregos quando a montadora se recuperava de queda nas vendas de carro no mercado norte-americano por conta de reflexos da crise econômica mundial.
Formada em engenharia industrial pela Universidade de Kettering (1983) e com título de mestre em gerenciamento pela Universidade do Estado de Michigan (1987), a executiva ingressou na GM como trainee em 1978, na divisão de montagens de Los Angeles, na Califórnia (EUA).
Antes de ocupar a presidência da unidade mexicana, a executiva atuou como líder na implementação do sistema de manufatura global da empresa e também foi diretora da engenharia de design da divisão de automóveis da GM América do Norte. Está no comando da GM do México desde 2008.

"PODEROSA"
A norte-americana já integrou a lista das dez executivas mais poderosas da América Latina, segundo ranking regional da consultoria The Grant Thornton International Business Report.
O levantamento considerou informações referentes a empresas privadas em 36 países em 2009.
Segundo informações publicadas em jornais mexicanos, Lieblein aprendeu com o pai (refugiado de Cuba) a dar valor à educação, e, com a mãe (nicaraguense), a "nunca impor limites para seu sucesso".
"Estamos felizes em contarmos com a liderança da Grace nesse momento tão importante para a GM do Brasil, de colocar em prática os planos que conduzirão a empresa em direção ao futuro", afirmou Jaime Ardila, presidente da GM América do Sul, em comunicado da empresa.
Ardila afirmou que a executiva tem "sólidos e amplos" conhecimentos de engenharia e de desenvolvimento de produtos, combinados com fortes características de negócios.
"Grace é o tipo de pessoa que poderá assegurar que a GM continue inovando, de forma a desenhar, fabricar e vender veículos, de classe mundial, que atendam as expectativas de nossos clientes", disse ele.
A executiva recebeu prêmios pelo trabalho na GM, entre eles o Top 100 Mulheres na Indústria Automotiva, da agência de notícias Automotive News.
A notícia surpreendeu representantes dos trabalhadores na fábrica de São Caetano do Sul. "Não a conheço. Tínhamos expectativa de ter um brasileiro no comando", disse Aparecido Silva, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul.


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