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GM dá mais um passo para reabrir capital
Empresa, que tem 60% das ações com o governo dos EUA, entrega documentos para fazer IPO sem divulgar detalhes
Após acumular perdas de US$ 88 bi nos 4 anos antes da concordata, montadora voltou a
ter lucro no 1º semestre
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A GM entrou ontem com a
documentação necessária
para reabrir o seu capital na
Bolsa de Valores, dando mais
um passo para diminuir a
participação dos governos
norte-americano e canadense no seu controle.
A maior montadora dos
EUA não detalhou quantas
ações vai vender nem qual o
preço pretendido, mas se comenta que a empresa quer levantar entre US$ 15 bilhões e
US$ 20 bilhões com a oferta
pública de ações (IPO, em inglês). Se confirmado, será
um dos maiores montantes
da história.
"O total de papéis oferecidos será determinado pelas
condições de mercado e por
outros fatores no momento
da oferta", disse a montadora, em comunicado.
A data do IPO também não
foi determinada, mas analistas dizem que ele não deve
ocorrer antes de outubro.
REESTRUTURAÇÃO
A empresa recebeu, no
ano passado, empréstimos
de mais de US$ 60 bilhões
dos governos dos EUA e do
Canadá como parte do seu
processo de reestruturação
para sair da concordata. Em
contrapartida, os EUA têm
hoje 61% da montadora, e o
Canadá, 11%.
Às vésperas do pedido de
concordata, em junho do ano
passado, as ações da GM valiam cerca de US$ 1.
Os EUA devem vender
uma parte do controle da empresa, mas, de acordo com o
"New York Times", a participação do contribuinte americano ainda será importante:
um pouco abaixo de 50%.
A própria GM afirma, em
documento entregue à SEC (a
CVM americana), que o governo dos EUA, mesmo após
o IPO, vai "continuar a ter
participação substancial".
O atual presidente-executivo da GM, Ed Whitacre, já
disse que quer vender o mais
rapidamente possível a participação do governo na montadora, chamada nos EUA de
"Government Motors".
Com a abertura do capital,
a GM pretende aproveitar o
seu bom momento: teve lucro de US$ 2,2 bilhões no primeiro semestre deste ano,
com bons resultados no mercado americano -que era o
mais problemático para ela.
Nos quatro anos anteriores
à concordata, a montadora
norte-americana acumulou
prejuízo de US$ 88 bilhões.
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