São Paulo, segunda-feira, 19 de setembro de 2011

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BÚSSOLA

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Como investir economia de R$ 150 mil sem correr o risco da Bolsa?

LCM

RESPOSTA DE RICARDO MOLLO, professor do Insper - Uma das maiores crenças é que a melhor forma de investir é aquela que tem o maior rendimento.
Parece óbvio, queremos ganhar o máximo no menor tempo possível. Porém há outros fatores a considerar.
Investimentos têm, além de diferenças de rentabilidade, diferenças fundamentais de risco. Dependendo da aplicação há chance de perda de rendimento e, eventualmente, dos recursos investidos.
Produtos de renda fixa, como CDB, são menos arriscados, ao passo que ações apresentam maior risco. Assim, investimentos mais arriscados devem possibilitar ganhos maiores.
Outros fatores que precisamos considerar, além do risco, são prazo e liquidez.
Quanto maior o prazo, maior deve ser a remuneração exigida. Em relação à liquidez, quanto menor a possibilidade de converter-se em dinheiro o ativo a preço justo, maior o risco; logo, maior deve ser a remuneração.
O perfil de cada investidor também deve ser levado em consideração e é determinado pelos seguintes fatores: idade, conhecimento e experiência de investimentos, renda e tamanho do portfólio. Quanto mais jovens e experientes (e com renda) formos, mais riscos podemos correr.
Antes de determinar qual investimento comprar, procure saber qual o seu perfil como investidor e objetivos -ou seja, quando e para quê os recursos serão utilizados.
Com isso, é possível decidir os investimentos que atendam a seus requisitos de risco, retorno, prazo e liquidez.
Se seu perfil não permite investimentos em ações, há uma série de alternativas em renda fixa além dos tradicionais, que podem aumentar a rentabilidade, como, por exemplo, as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), as LCAs (Letras de Crédito Agrário) e os fundos multimercado.
Alguns deles, estão disponíveis nas agências bancárias. Assim, é prudente procurar o gerente de investimentos para que ele o oriente sobre qual portfólio se adéqua aos seus requisitos.

CDB x POUPANÇA

O CDB é mais vantajoso do que a poupança?

RN, de São José dos Campos (SP)

Tanto o CDB quanto a poupança são investimentos de renda fixa de baixo risco, especialmente para valores abaixo de R$ 70 mil, que ainda contam com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito.
A poupança é um investimento pós-fixado que rende TR mais 0,5% ao mês e conta com isenção de Imposto de Renda. Já o CDB pode ser pós ou pré-fixados e estão sujeitos à IR de 15% a 22,5%.
Para tomar a decisão, devemos considerar as diferenças de taxa e o impacto do IR.
Temos ainda que considerar que as taxas dos CDBs variam de banco para banco, dependendo do montante e do prazo da transação. Valores pequenos e prazos curtos têm taxas menores.
Neste momento, a poupança tem tido rendimento mensal próximo de 0,63% ao mês, o que equivale a 7,83% ao ano. Considerando que CDBs têm IR sobre o ganho, um CDB equivalente deveria pagar ao menos 10,10% ao ano.

COMPRAR CARRO

Como investir R$ 5 mil para comprar um carro?
LTLJ, de Goiânia (GO)

A forma mais prudente e conservadora de comprar um carro ainda é poupar para poder comprá-lo à vista. Neste caso, é necessária disciplina.
Uma forma de ter disciplina e "guardar" é aderir a um consórcio, que nos obriga a ter disciplina e ainda permite dar lances. Por outro lado, deve-se considerar a solidez e a tradição do consócio, pois há risco dele falir.
Se o objetivo é comprar um carro, procure ser conservador e aplique em renda fixa. Caso o prazo seja maior, há a chance de conseguir uma taxa mais atrativa.



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