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Setor industrial pede ao governo Dilma que "turbine" a Camex
DE SÃO PAULO
A indústria brasileira entregou à equipe de transição
do novo governo uma proposta para turbinar a Camex
(Câmara de Comércio Exterior).
Encontro ontem na sede
da Fiesp, que teve a participação da CNI (Confederação
Nacional da Indústria), marcou posição do setor industrial contra a condição subserviente do único órgão gestor do comércio exterior brasileiro. Para a indústria, essa
situação representa uma
ameaça real ao futuro da relação comercial brasileira
com o resto do mundo.
Além de ter mais voz em
relação à definição de estratégias para busca de acordos
comerciais e de ter um órgão
mais rápido para a defesa comercial, o reforço institucional da Camex pode evitar medidas contrárias aos interesses do comércio exterior brasileiro, como medidas tributárias e cambiais.
A indústria também critica
o fato de que as áreas de
transporte e logística do governo não têm assento na Câmara. Um dos efeitos da
atual situação é a perda de
participação da indústria no
PIB -hoje em 15%, nível de
1947-, em parte pela redução da capacidade exportadora da indústria nacional.
Segundo o embaixador
Rubens Barbosa, presidente
do Coscex (Conselho Superior de Comércio Exterior da
Fiesp), o crescimento da relação comercial do Brasil com
o mundo (o que, em trocas
comerciais, pode alcançar cifra de US$ 380 bilhões neste
ano) mascara um problema
de gestão decorrente da falta
de autonomia para decisões
por parte da Camex.
(AB)
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