São Paulo, sexta-feira, 19 de novembro de 2010

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Setor industrial pede ao governo Dilma que "turbine" a Camex

DE SÃO PAULO

A indústria brasileira entregou à equipe de transição do novo governo uma proposta para turbinar a Camex (Câmara de Comércio Exterior).
Encontro ontem na sede da Fiesp, que teve a participação da CNI (Confederação Nacional da Indústria), marcou posição do setor industrial contra a condição subserviente do único órgão gestor do comércio exterior brasileiro. Para a indústria, essa situação representa uma ameaça real ao futuro da relação comercial brasileira com o resto do mundo.
Além de ter mais voz em relação à definição de estratégias para busca de acordos comerciais e de ter um órgão mais rápido para a defesa comercial, o reforço institucional da Camex pode evitar medidas contrárias aos interesses do comércio exterior brasileiro, como medidas tributárias e cambiais.
A indústria também critica o fato de que as áreas de transporte e logística do governo não têm assento na Câmara. Um dos efeitos da atual situação é a perda de participação da indústria no PIB -hoje em 15%, nível de 1947-, em parte pela redução da capacidade exportadora da indústria nacional.
Segundo o embaixador Rubens Barbosa, presidente do Coscex (Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp), o crescimento da relação comercial do Brasil com o mundo (o que, em trocas comerciais, pode alcançar cifra de US$ 380 bilhões neste ano) mascara um problema de gestão decorrente da falta de autonomia para decisões por parte da Camex. (AB)


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