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Irlanda admite necessidade de pacote da UE
Bloco quer definir ajuda logo, e país insiste em manter soberania em questões econômicas
VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES
A Irlanda continua numa
queda de braço com a União
Europeia na discussão de um
pacote para tentar pôr fim à
crise por que passa o país.
A UE quer definir o quanto
antes o empréstimo e a contrapartida que terá de ser dada pelos irlandeses. Já o governo, que antes negava a
necessidade do pacote, já admite a ajuda, mas continua a
insistir que não pretende ceder sua soberania sobre
questões econômicas.
Investidores têm pedido
juros até duas vezes maiores
que os cobrados da Alemanha na hora de comprar títulos públicos irlandeses.
Há desconfiança de que os
bancos estejam prestes a
quebrar, com muita gente sacando dinheiro, e que o país
tenha que dar calote em sua
dívida pública.
Técnicos do FMI e do BCE
chegaram a Dublin ontem
para analisar a real situação
dos bancos.
Também ontem, o presidente do BC irlandês disse esperar que o país feche acordo
para empréstimo de "dezenas de bilhões de euros".
Especialistas dizem que o
pacote é certo, mas que o governo central resiste para
não ter de ceder em pontos
como elevar a taxa cobrada
das empresas que querem se
estabelecer no país.
A Irlanda cobra hoje
12,5%, uma das menores taxas da Europa. Alemanha e
França consideram que é
uma concorrência desleal.
Nas ruas de Dublin, o clima é de luto e protesto. A posição da maioria é contrária a
um acordo com a UE.
Nos jornais e na TV, acadêmicos e pessoas comuns dizem que o país não lutou tanto para se livrar do domínio
britânico, no início do século
passado, para agora se subordinar às vontades da UE.
A quase certeza de um pacote para a Irlanda fez as Bolsas subirem na Europa.
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