São Paulo, quinta-feira, 20 de janeiro de 2011 |
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Para mercado, alta do juro deveria ter sido ainda maior Executivos dizem que elevação em 0,75 ponto percentual seria demonstração de força do BC no combate à inflação Segundo instituto, equilíbrio entre preço, demanda e produção só será conseguido com novos aumentos TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO Executivos do mercado de capitais receberam ontem sem surpresa o aumento de 0,5 ponto percentual nos juros básicos brasileiros na primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) da administração de Alexandre Tombini e da presidente Dilma Rousseff. O desejo da maioria, porém, era que o Banco Central demonstrasse força e elevasse a taxa em 0,75 ponto, para 11,5% ao ano, dando resposta mais enérgica à inflação, cujas projeções sobem desde o final de novembro e ameaçam bater 6% em 2011. Como os antecessores Armínio Fraga e Henrique Meirelles, Tombini estreia no comando do Banco Central com aumento de juros. Para Walter Machado de Barros, presidente do conselho do Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças), a decisão é justificada pelo aquecimento da economia brasileira e pela pressão internacional por aumento de preços, especialmente de alimentos e de commodities. "No Ibef, constatamos crescimento de demanda por bens e serviços e dificuldade de atender clientes na mesma velocidade. Entendemos que o equilíbrio entre preços, demanda e produção somente será conseguido com novas elevações da Selic." "O Banco Central não tinha saída a não ser aumentar os juros para conter a inflação. Daqui para a frente, é preciso que o novo governo assuma seu dever de casa: prudência no campo fiscal e redução das despesas correntes", avaliou Orlando Diniz, presidente da Fecomércio do Rio de Janeiro. ENTRADA DE DÓLAR Para a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), a alta de juros impõe perda de competitividade à indústria nacional. "Estimula ainda mais a entrada de dólares e a consequente valorização do real, que, aliada ao aumento dos custos de financiamento, impõe perdas significativas à competitividade do produto nacional." Texto Anterior: Banco Central de Dilma estreia com aumento da taxa de juros Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros |
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