São Paulo, quinta-feira, 20 de janeiro de 2011 |
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VAIVÉM MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br Receita com exportações brasileiras de boi vivo aumenta 48% em 2010 O Brasil ganhou espaço nas exportações de bovinos vivos em 2010. A receita cresceu 48% e somou US$ 658 milhões no ano passado, de acordo com a Secex (Secretaria de Comércio Exterior). O resultado foi beneficiado por uma alta de 18% no preço médio de venda -que atingiu US$ 2.031 por tonelada. Em volume, os embarques cresceram 24%, para 642,7 mil cabeças. A expansão é bem superior à média mundial. Segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos EUA), foram exportados 4,5 milhões de cabeças por todos os produtores em 2010, alta de 3%. Entre os três maiores exportadores mundiais -o Brasil ocupa a quarta posição-, dois reduziram os embarques: Canadá (queda de 35%) e Austrália (-4%). O México apresentou alta de 7%. Assim, a participação do Brasil no comércio mundial subiu de 11%, em 2009, para 14%. Os embarques foram estimulados pela Venezuela, que recebeu 93% dos animais exportados pelo Brasil. O rebanho da Venezuela tem encolhido e é insuficiente para atender à demanda dos frigoríficos, afirma a analista Maria Gabriela Tonini, da Scot Consultoria. O curioso é que as exportações mantiveram a trajetória de alta dos últimos anos mesmo com a restrição na oferta de bois para abate no país, o que contribuiu para elevar os preços internamente. Segundo Gabriela, a elevada margem de lucro que a atividade proporciona manteve o interesse dos frigoríficos nas exportações de boi vivo. Além disso, esse ainda é um mercado pequeno e, por isso, não atrapalharia a relação entre oferta e demanda. As exportações de gado vivo equivalem a 4% do abate no Brasil, segundo a analista. Valor agregado Com a aquisição do frigorífico Pul, no Uruguai, o Minerva ganha espaço em mercados de alto valor agregado, diz Fernando Galletti de Queiroz, presidente da empresa. EUA e Europa Os EUA importam carne "in natura" do Uruguai -mercado fechado para o Brasil- e o frigorífico Pul vende carne orgânica a americanos e europeus, que recebem metade dos embarques da empresa. Ainda em queda 1 As fracas vendas continuam derrubando o preço do suíno nos frigoríficos paulistas. Na média, a arroba foi vendida a R$ 54,80 ontem, preço que não era praticado desde agosto de 2010. Ainda em queda 2 Analistas do setor ouvidos pela Folha apostam em novas baixas para os próximos dias. Os negócios podem chegar a R$ 53 por arroba. Trégua Após atingir o maior valor em 30 meses, o preço do milho caiu ontem 2,77% em Chicago. O bu- shel foi cotado a US$ 6,41. Embarque de carne bovina crescerá até 10% neste ano Após expansão de 16% em 2010, para US$ 4,8 bilhões, a exportação de carne bovina deve crescer entre 8% e 10% neste ano, segundo estimativa de Antonio Camardelli, presidente da Abiec (associação dos exportadores). Para o volume, ele prevê um número próximo a 2 milhões de toneladas (em equivalente carcaça), o que representaria uma alta de 7%. A volta das exportações de carne industrializada aos EUA e o maior número de frigoríficos habilitados a vender para importantes mercados animam o setor. Neste mês, a Rússia autorizou a importação de mais cinco unidades brasileiras e a China deve liberar cinco frigoríficos nos próximos dias. TATIANA FREITAS (interina) com KARLA DOMINGUES Texto Anterior: Análise/Pecuária: A receita para a carne bovina de qualidade Próximo Texto: Bolsa de SP cai 1,2% em dia de cautela Índice | Comunicar Erros |
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