São Paulo, domingo, 20 de março de 2011

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Google cria plano para tentar formar chefes melhores

Avaliações dos subordinados apontaram que conhecimento técnico era menos valorizado que qualidades como conexão com a equipe

ADAM BRYANT
DO "NEW YORK TIMES"

No começo de 2009, estatísticos que trabalham na sede do Google deram início a um plano conhecido pelo codinome Projeto Oxygen.
A missão deles era construir chefes melhores. Ainda em 2008, as equipes de "análise de pessoal" da companhia produziram um conjunto de diretrizes que poderia ser definido como "os oito hábitos dos executivos altamente eficientes do Google".
Entre elas, estão: a) tenha visão e estratégia claras para a equipe; b) não seja vacilão; seja produtivo e tenha os resultados em mente.
Ao longo de boa parte de seus 13 anos de história, a abordagem do Google foi bastante simples: deixar que as pessoas trabalhassem. Permitir que os engenheiros fizessem o que sabem.
Mas o grupo de trabalho de Laszlo Bock, vice-presidente de "operações pessoais" do Google, constatou que conhecimento técnico ocupava a última posição entre as oito grandes diretrizes que o Google havia adotado.
O que os subordinados mais apreciavam era ter chefes equilibrados, que encontravam tempo para conversas pessoais com eles e ajudavam as pessoas a encontrar soluções fazendo as perguntas certas.
As pessoas em geral abandonam uma empresa por uma de três razões, ou pela combinação das três: 1) não sentem conexão com a empresa ou não sentem que seu trabalho tem importância; 2) não gostam de seus colegas; 3) seu chefe é uma pessoa horrível -e essa é a variável com maior peso.
O Google viu grandes oscilações nas avaliações dos chefes pelos subordinados. "Nossos melhores executivos têm equipes que apresentam melhor desempenho, melhor retenção de pessoal, maior satisfação no trabalho -essas equipes fazem tudo melhor", disse Bock.
"O maior fator controlável que conseguimos detectar era a qualidade do executivo e a maneira como este fazia com que as coisas acontecessem. A questão que propusemos foi: e se todos os executivos fossem bons assim? E tentamos determinar o que os tornava tão bons."

Tradução de PAULO MIGLIACCI


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