São Paulo, terça-feira, 20 de julho de 2010

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Telefónica vai à Justiça contra sócia portuguesa

Espanhóis querem fim da sociedade com a Portugal Telecom na Vivo

Telefónica acredita que processo levaria seis meses e, depois, iria ao mercado adquirir o controle da Vivo


JULIO WIZIACK
DE SÃO PAULO

A Telefónica contratou o escritório de advocacia Brauw Blackstone Westbroek para iniciar, na Holanda, o processo de dissolução da Brasilcel, empresa formada pela operadora espanhola e a PT (Portugal Telecom).
A Folha apurou que o processo de arbitragem pelo fim da Brasilcel deverá ser aberto em, no máximo, dez dias.
A Brasilcel tem sede na Holanda e detém o controle da Vivo com 60% das ações. Cada uma das operadoras tem 30% da Brasilcel.
A arbitragem é mais uma tentativa da Telefónica de pôr fim a uma disputa de dois meses pelo controle da Vivo, operadora de celular líder do mercado brasileiro.
Na sexta-feira, a Telefónica retirou sua oferta de 7,15 bilhões pela parcela da PT na Vivo, após o vencimento do prazo dado aos portugueses.
A decisão da operadora espanhola foi tomada após a PT ter enviado uma carta ao presidente da Telefónica pedindo que o prazo fosse estendido até 28 deste mês.
A Folha apurou que os espanhóis decidiram retirar a oferta porque os portugueses não garantiram na carta que, caso o novo prazo fosse concedido, a PT aceitaria vender sua participação na Vivo.
A Telefónica considera que a operadora portuguesa teve tempo suficiente para tomar a decisão e optou pela dissolução da Brasilcel para pressioná-la mais.
Os espanhóis acreditam que a arbitragem levaria seis meses. Em caso de vitória, a Telefónica compraria ações da Vivo até atingir o controle (50% das ações mais uma).
Nos bastidores, contudo, a operadora espanhola acredita que a PT irá procurá-la antes disso para fechar negócio. E, nesse caso, a arbitragem seria suspensa. Até porque esse processo seria mais longo do que a Telefónica prevê.


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