São Paulo, terça-feira, 20 de julho de 2010

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Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Para crescer, Predileto une-se à suíça Glencore

A Predileto Alimentos decidiu associar-se à trading suíça Glencore para dobrar de tamanho em dez anos.
Hoje fornecedora de trigo para os moinhos da Predileto, a Glencore passará a ter 50% das ações da empresa de origem gaúcha.
Para isso, fará um aporte de capital na companhia em valor estimado em até R$ 180 milhões pelo diretor de relações com o mercado da Predileto, Antenor Barros Leal.
"Decidimos partir para o crescimento. E, como esse negócio demanda muito capital -a matéria-prima equivale a cerca de 70% do custo total-, optamos por um parceiro estratégico."
A possibilidade de fazer uma oferta primária de ações na Bovespa para se capitalizar chegou a ser analisada pela Predileto, mas a empresa acabou optando por um sócio já atuante no setor.
"O Brasil é importador de trigo e a Glencore é uma fornecedora mundial do cereal. Há uma grande vantagem nessa associação", diz Leal.
As conversas com a Glencore começaram há cerca de seis meses, mas o martelo sobre a associação só foi batido na última sexta-feira.
Neste ano, a Predileto deve moer 700 mil toneladas de trigo -o equivalente a 7% da produção nacional.
O objetivo, em dez anos, é dobrar esse volume. Aquisições e expansão dos atuais moinhos estão nos planos.
Hoje, a Predileto possui cinco unidades em vários Estados e está duplicando a capacidade de produção de seu moinho em Belém (PA) de 350 toneladas diárias para 600 toneladas.
"Já temos uma cobertura geográfica muito boa. Agora vamos crescer", afirma Leal.
Controladora do Moinho Cruzeiro do Sul, a Predileto decidiu focar no mercado de trigo em 2008, quando vendeu o frigorífico Pena Branca para o grupo Marfrig.
"Concluímos que não poderíamos ter o tamanho de Sadia e Perdigão. No trigo, temos condições de ser enormes", diz o diretor.

Em alta As exportações de açúcar estão 83% maiores neste mês em relação a julho do ano passado. Segundo a Secex, US$ 60 milhões foram embarcados diariamente pelo Brasil nas três primeiras semanas do mês, ante US$ 33 milhões em julho de 2009.

Rumo ao recorde A expectativa da Unica é a de que o volume de açúcar a ser exportado neste mês seja recorde. Recomposição de estoques e falta de concorrentes no mercado internacional explicam a movimentação nos portos brasileiros.

Pressão de alta O preço do arroz começou a semana em alta nas cooperativas do Rio Grande do Sul. A saca de 50 quilos do tipo agulhinha chegou a ser vendida a R$ 26,90. No mês, o preço do cereal acumula alta de 1,2%.

O motivo A melhora das vendas e a ligeira redução na oferta de arroz explicam o aumento nos preços. Analistas apostam em novos reajustes para o arroz até o final da semana.

Contínua retomada As vendas externas de carnes continuam em recuperação. A média diária de exportações é 32% maior neste mês ante julho de 2009, com o país exportando o equivalente a US$ 58 milhões por dia.

Forte recuo O preço do cacau teve forte queda ontem nas Bolsas internacionais. Em Nova York, o primeiro contrato recuou 5,8% e terminou o dia cotado a US$ 2.981 por tonelada.

OLHO NO PREÇO COTAÇÕES

Nova York
AÇÚCAR
(cent.de US$)* 17,61
ALGODÃO
(cent.de US$)* 78,77

Chicago
TRIGO
(dólar por bushel) 5,8
MILHO
(dólar por bushel) 3,8

* por libra-peso

TATIANA FREITAS (interina) com KARLA DOMINGUES



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