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Dinheiro ao BNDES gerará metade do PIB, diz Mantega
Maior parte do crescimento econômico terá como fonte indireta o Tesouro
Segundo o ministro, PIB teria caído 3% em 2009 caso o BNDES não tivesse compensado a escassez de crédito
JANAINA LAGE
DO RIO
O ministro da Fazenda,
Guido Mantega, afirmou ontem que os empréstimos concedidos pelo Tesouro ao
BNDES terão impacto positivo de quatro pontos percentuais no crescimento da economia neste ano.
Na prática, significa que
mais da metade da taxa de
expansão do PIB será decorrente de empréstimos que somam R$ 180 bilhões ao banco de fomento, considerando
a projeção de alta de 7% para
a economia neste ano.
Os empréstimos do Tesouro ao BNDES são alvo de críticas por elevar a dívida bruta.
Segundo Mantega, em
2009 o PIB teria registrado
queda de cerca de 3% caso o
BNDES não tivesse compensado o cenário de escassez de
crédito no setor privado.
O banco divulgou ontem
um estudo que afirma que os
empréstimos geraram efeito
positivo de R$ 79 bilhões nas
contas públicas, descontados custos da operação.
O cálculo considera que
em 2018 a Selic (taxa básica)
e a TJLP, usada pelo BNDES
na concessão de empréstimos, vão convergir. Ou seja,
não haverá diferença entre a
taxa de captação de recursos
e a de concessão de crédito.
O banco considera lucro
adicional de R$ 37,1 bilhões,
com o retorno dos financiamentos a empresas, e aumento de R$ 41,9 bilhões na
arrecadação, devido a maior
volume de investimentos.
Mantega disse que em um
mês o governo deve lançar
um pacote de medidas para
estimular maior presença do
setor privado na concessão
de empréstimo de longo prazo. Ele citou como possibilidades redução de tributos,
alterações no compulsório e
estímulos para o mercado de
recebíveis imobiliários.
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