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Empresas na Argentina podem ter de dividir lucro
Projeto de lei obriga repasse a funcionário
GUSTAVO HENNEMANN
DE BUENOS AIRES
Um projeto de lei impulsionado pelo sindicalismo
argentino quer obrigar grandes empresas a dividir o lucro com os funcionários.
A proposta, apresentada
na semana passada à Câmara dos Deputados, gerou tensão em associações empresariais e companhias brasileiras instaladas na Argentina.
Conforme o projeto, as empresas com mais de 300 empregados teriam de distribuir
uma parte do lucro de acordo
com critérios pré-definidos,
como o ramo de atividade e a
região do país.
Um conselho tríplice, composto por empresa, empregados e Estado, usaria os critérios para fixar uma base percentual do lucro, da qual seria retirada uma fatia de 10%.
De cada cem pesos dessa
fatia, 95 iriam para os funcionários e cinco seriam destinados a um fundo de combate ao trabalho informal.
Segundo o deputado Héctor Recalde, autor do projeto,
a intenção é estender a medida a 100% das empresas do
país, independentemente do
número de empregados.
A UIA (União Industrial
Argentina) considerou a proposta negativa para "o investimento e a produção" e disse
que a distribuição de renda
deveria ser estimulada com
mais políticas públicas.
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