São Paulo, segunda-feira, 20 de setembro de 2010

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Ofensiva brasileira também mira países vizinhos

GUSTAVO HENNEMANN
DE BUENOS AIRES

Na semana passada, empresários brasileiros iniciaram uma turnê pela América do Sul na tentativa de se firmarem como fornecedores de tecnologia de TV digital à região.
Na quinta e na sexta-feira, um grupo de fabricantes de software e de hardware esteve em Buenos Aires para uma rodada de negócios organizada pelo governo brasileiro. Antes, haviam visitado o Uruguai, a fim de tentar convencer o país a adotar o padrão japonês, o ISDB-T.
O Brasil já assinou acordos com os países vizinhos e agora tenta concretizar parcerias no setor, segundo o diretor do Departamento de Tecnologias Inovadoras do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, João Batista Lanari.
Ele acompanha as missões brasileiras e diz que a intenção é fazer uma viagem a cada trimestre, em busca de clientes na América do Sul.
Como atrativo, o governo oferece financiamento de exportações e serviços por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que também enviou representantes às rodadas de negócios no Uruguai e na Argentina.
Além do Uruguai, apenas a Colômbia não aderiu ao padrão japonês. Os demais formam um grande mercado de TV digital com carência de produtos e serviços.

BUSCA DE MERCADO
Esse é o alvo de empresas como a Ei! TV, de Campinas, que vende equipamentos e software. Fornecedora das principais emissoras brasileiras, a empresa também já realizou negócios no Peru e na Argentina.
"Oferecemos a cadeia completa de interatividade. Programas para desenvolver, transmitir e decodificar as informações. Na Argentina, já licenciamos 500 mil conversores", afirma o diretor comercial da companhia, Rodrigo Araújo.
Já a empresa Intacto, de Brasília, procura futuros clientes para um produto ainda em desenvolvimento. Ela deverá lançar, no fim do ano, um programa que permite a produção de conteúdos interativos.
"O diferencial é que ele estará aberto na internet e tornará mais simples e acessível o desenvolvimento de publicidades, por exemplo", afirma o diretor de inovação da companhia, Marcos de Oliveira.


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