São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 2011

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Fracassa fusão no setor de crédito imobiliário

Divergências de visão e de estilo de negócio inviabilizam associação

Ideia era formar empresa capaz de padronizar contratos e virar alternativa para financiar a habitação

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

Fracassou a tentativa de fusão das três maiores empresas de infraestrutura de crédito imobiliário -BFRE (Brazilian Finance & Real Estate), BS (Brazilian Securities) e Cibrasec- no país. Ontem, as empresas anunciaram que desistiram do negócio por falta de "sinergias estratégicas".
As empresas são líderes na securitização de crédito imobiliário, negócio que consiste em transformar títulos de dívida imobiliária em aplicações financeiras. O modelo é visto como alternativa para complementar os recursos do financiamento imobiliário, que depende da poupança.
A ideia era criar uma grande securitizadora capaz de padronizar contratos, ganhar escala e tornar o mercado de capitais um financiador da expansão imobiliária.
"O receio era que a fusão colocasse em risco dois modelos diferentes, mas de sucesso. A Cibrasec tem DNA de banco, modelo operacional e princípios bancários. A Brazilian também tem modelo de sucesso, mas com visão de empresa independente e com acionistas estrangeiros", disse Fernando Brasileiro, presidente da Cibrasec.
Entre os acionistas da Cibrasec, estão os 17 maiores bancos do país, que têm interesse em continuar dando as cartas do setor imobiliário.
Já a Brazilian tem acionistas independentes dos grandes bancos e investidores estrangeiros, que defendiam um modelo com participação do mercado de capitais.


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