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POLÍTICA MONETÁRIA
Economistas defendem alta
dos juros para combate à inflação
DO RIO - Economistas de alguns
dos principais bancos do país
defenderam ontem que o governo adote uma política monetária mais firme, com aumento dos juros em 2011 para
lidar com as perspectivas de
inflação em alta.
Para Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco,
no próximo ano a inflação ficará em 5,5%. Ele estima que os
IGPs (Índices Gerais de Preços)
devem encerrar 2010 com alta
de 12%, o que traria impactos
em preços administrados, como contas e aluguéis.
A mais recente pesquisa Focus, organizada pelo Banco
Central, mostra que as expectativas de inflação para 2011 já
apontam alta de 5,05%.
O economista-chefe do Santander Brasil, Alexandre
Schwartsman, disse que o BC
está atrasado no combate a
pressões inflacionárias.
Segundo Samuel Pessoa,
chefe do Centro de Desenvolvimento Econômico do IBRE-FGV, o que está em discussão
na transição para o próximo
governo é se o "contrato social" dos últimos 16 anos, baseado em redistribuição de
renda com inflação baixa, terá
fôlego para se manter.
Parte dos economistas presentes ao seminário "O Brasil
no novo Governo" avalia que
esse modelo será combinado a
uma ideologia de nacional desenvolvimentismo no governo
de Dilma Rousseff.
"Estamos satisfazendo os
pobres com benefícios e os ricos com generosos empréstimos subsidiados", criticou
Afonso Celso Pastore, da A.C.
Pastore & Associados .
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