São Paulo, segunda-feira, 21 de março de 2011

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ANÁLISE

Setor nacional vive início de uma profunda transformação

LUIZ ALBERTO MARINHO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Vamos assistir nos próximos anos a um aumento considerável na quantidade de shoppings em operação no país. Além disso, muitos dos que já existem estão em ampliação, animados com o bom momento do setor.
Não é para menos. No ano passado, enquanto o comércio brasileiro crescia 10,9%, de acordo com o IBGE, os shoppings vendiam 17,5% mais ante o ano anterior. Para 2011, a expectativa é de uma elevação de 12%.
Entretanto, apesar de todo o crescimento, os shopping têm representatividade modesta no varejo - 18,3% das vendas do comércio passam pelas lojas de shoppings.
Isso acontece porque por muito tempo eles foram templos de consumo quase que exclusivos dos mais endinheirados. Prova disso é que pesquisa realizada em 2008 pela Abrasce mostrou que 72% dos frequentadores pertenciam às classes A e B.
Outra característica do setor é a concentração excessiva nas grandes cidades.
A situação está mudando.
Aos poucos, empreendimentos populares começam a surgir e várias das aberturas previstas serão no interior.
Quer um exemplo? Dos 32 shoppings que começarão a funcionar em 2012, apenas 3 ficam nas cidades de Rio de Janeiro ou de São Paulo.
Um desafio importante será desenvolver formatos adaptados às características dos clientes de cada região.
Brasileiros da classe média emergente não aspiram a shoppings luxuosos. O próprio conceito de luxo difere segundo o lugar.
Por tudo isso, dá para dizer que o mercado de shoppings vive o início de profunda transformação, com benefícios para empresários, varejistas, trabalhadores, consumidores e para a economia.

LUIZ ALBERTO MARINHO é sócio-diretor da consultoria BrandWorks e professor da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing)


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