São Paulo, quinta-feira, 21 de abril de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Inflação global provoca corrida ao ouro

Investidores compram o metal para se proteger do aumento de preços, e cotação atinge recorde de US$ 1.500

Queda do dólar e dívida dos EUA também estimulam procura; ações de tecnologia impulsionam Bolsas

GIULIANA VALLONE
DE SÃO PAULO

O aumento das pressões inflacionárias pelo mundo, com a alta das commodities, faz o investidor migrar para ativos como o ouro para se proteger das altas de preços e leva a cotação do metal a recordes sucessivos.
Ontem, a onça-troy (31,1 gramas) voltou a atingir os US$ 1.500 durante a sessão em Nova York, mas acabou fechando em US$ 1.498,30.
A desvalorização do dólar, que caiu ao nível mais baixo em relação ao euro desde janeiro de 2010, também estimula a corrida ao metal.
Desde o início do ano, o preço já subiu quase 6%. Em 12 meses, a alta é de 31,6%.
Contribuem ainda para o cenário as incertezas quanto à dívida dos Estados Unidos. O Departamento do Tesouro norte-americano projeta que o teto do deficit, de US$ 14,3 trilhões, deva ser atingido ainda em maio.
Nas Bolsas, o dia foi de otimismo, impulsionado pelos balanços positivos de empresas de tecnologia, como Intel e United Technologies. O balanço bilionário da Apple (leia texto na pág. B3) foi divulgado após o fechamento do mercado nos EUA.
A Bovespa encerrou o dia em alta de 1,36%, aos 67.058 pontos. Em Nova York, o Dow Jones subiu 1,5% e alcançou o maior nível desde 5 de junho de 2008.
"O que mais contribuiu para a alta hoje foi o ânimo dos investidores com o resultado das empresas de tecnologia, esse foi o principal gás", afirma Felipe Casotti, analista de renda variável da Máxima.
Na Europa, Londres teve alta de 2,13%, enquanto Frankfurt subiu 2,98%.

DÓLAR
O cenário positivo no mercado de ações fez a taxa de câmbio voltar ao patamar mais baixo desde agosto de 2008. O dólar comercial foi vendido por R$ 1,571, em queda de 0,31%. Em 2011, a redução chega a 5,70%.
Foi o décimo dia consecutivo em que a cotação do dólar não passou de R$ 1,60.


Texto Anterior: Vaivém - Mauro Zafalon: Anidro sobe 10% em 3 dias e encarece gasolina
Próximo Texto: Alexandre Hohagen: Inovação sem segredo
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.