São Paulo, sábado, 21 de agosto de 2010

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FOCO

Empresária do luxo no Rio é alvo de ações na Justiça

HUDSON CORRÊA
CRISTINA GRILLO
DO RIO

No início da década, a loja de Regina Lundgren, herdeira dos fundadores das Casas Pernambucanas, no shopping Fashion Mall, em São Conrado, era o símbolo máximo do luxo na cidade.
Quem buscava grifes como Fendi ou Dior sabia que encontraria no Espaço Lundgren uma versão em menor escala da Daslu paulistana.
A situação é bastante diferente agora. Regina e seu ex-marido -mas ainda sócio-, Jorge Francisco Freitas Filho, o Zito, 51, respondem a várias ações na Justiça, que vão da cobrança de uma dívida de R$ 660 mil pelos representantes da marca Christian Dior no Brasil a um processo de despejo movido pelo Fashion Mall.
O rol de ações é extenso: a Folha localizou dez processos em tramitação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Em um deles, o credor é o ator Edson Celulari. Ele não foi localizado para comentar a ação contra a empresária e seu ex-marido.
A Folha telefonou para a casa de Lundgren e para a loja no shopping. Deixou recado, mas, até o fechamento desta edição, nem a empresária nem seu ex-marido haviam telefonado de volta.
Quando ainda estavam casados, Lundgren e Freitas Filho decidiram abrir uma versão ampliada da loja na avenida Vieira Souto, em Ipanema, um dos endereços mais caros do Rio de Janeiro.
O negócio não foi bem e o então casal voltou para o Fashion Mall.
No Réveillon de 2008, o casal se separou. Zito teria sido flagrado por amigas de sua mulher com uma das vendedoras da loja. Elas teriam ameaçado contar para Lundgren caso ele mesmo não contasse. Ele contou, o casamento acabou, mas a parceria comercial não foi desfeita.

DESPEJO
Em abril deste ano, o Fashion Mall conseguiu na Justiça o despejo de uma loja em nome da filha do primeiro casamento de Zito. Lundgren e o ex-marido aparecem como fiadores do aluguel.
Mas, em outro processo, movido pela Christian Dior, a Justiça afirma que a loja, em nome da filha de Zito, é na verdade o local onde funciona o Espaço Lundgren no shopping.
Para a Justiça, o fato de Lundgren e Zito não aparecerem como donos de fato do estabelecimento é uma forma de fraudar o credor.


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