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Dólar reage antes de ação do Fundo Soberano no câmbio
Fundo é autorizado formalmente a fazer aplicações em moeda estrangeira
Bolsa sobe 1,64% e atinge a segunda maior valorização do mês com melhora nos mercados dos EUA e da Europa
TONI SCIARRETTA
EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO
O dólar comercial reagiu
ontem, pelo segundo dia,
com a expectativa do início
de atuação do FSB (Fundo
Soberano do Brasil), confirmada pelo governo após o
encerramento dos negócios.
A moeda americana saltou
mais 0,52% e terminou negociada a R$ 1,728.
O Ministério da Fazenda
confirmou ontem que o conselho deliberativo do Fundo
Soberano do Brasil, que define a gestão de recursos, autorizou, na sexta, as aplicações
em moeda estrangeira.
"Não há limite para as operações em moeda estrangeira", afirmou, em nota.
A visão do mercado é que o
governo partiu para a briga:
os leilões de compra de dólares do BC se tornaram mais
frequentes e intensos. Desde
ontem, o BC passou a fazer
leilões em cinco minutos
-até sexta, duravam dez.
"Não dá nem pra pensar",
disse José Roberto Carreira,
da Fair Corretora.
Para Alexandre Schwartsman, economista-chefe do
Santander, a intervenção do
Fundo Soberano e a do BC terão impactos semelhantes,
apesar de alguns analistas
acreditarem que a falta de
previsibilidade e de transparência do fundo teriam efeito
maior no câmbio.
"Mesmo que esse efeito seja real, ele só se manifestará
por um período curto de tempo [de dias para semana]. Dificilmente essa é uma razão
para justificar a imprevisibilidade e, acima de tudo, a falta de transparência."
A BM&FBovespa subiu ontem 1,64%, a segunda maior
valorização deste mês, seguindo de perto o tom positivo do mercado americano. A
Bolsa de Nova York subiu
1,37% no índice Dow Jones.
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