São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 2011

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Banco nacional tem capital suficiente para encarar crise, diz BC

Instituições têm um colchão 50% maior que o exigido para garantir seus empréstimos

EDUARDO CUCOLO
DE BRASÍLIA

Recessão de 5%, dólar a R$ 4,70 e nenhuma ajuda do governo. Para o Banco Central, nem mesmo um cenário tão catastrófico quebra o sistema financeiro do país. Bancos menores podem enfrentar dificuldades, mas sem desestabilizar os demais, segundo a instituição.
O BC divulgou ontem relatório que simula o que aconteceria com os bancos brasileiros em caso de uma crise maior que a verificada em toda a história do país.
Devido ao acúmulo de lucros nos últimos anos e ao acesso a crédito mais barato no exterior, os bancos têm hoje um colchão 50% maior que o exigido pelo BC para garantir seus empréstimos.
É também o terceiro mais alto entre as 20 maiores economias do mundo, atrás apenas da Rússia e da Turquia. Na pior das hipóteses de oscilações de juros e câmbio, segundo o BC, o sistema financeiro continuaria, na média, acima do nível exigido da capitalização. Apenas 6% das instituições teriam de correr atrás de mais recursos.
Outra simulação considera a disparada da inadimplência em caso de "extrema deterioração da situação". O diretor de Fiscalização do Banco Central, Anthero Meirelles, disse que não considera nessa conta que o governo tem pelo menos dois seguros contra crise para socorrer os bancos, as reservas em dólar e os depósitos de R$ 400 bilhões retidos no BC.
Ele disse ainda que a crise recente no exterior não teve impacto sobre o sistema bancário no Brasil, nem "nos dias mais complicados".


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