São Paulo, sexta-feira, 21 de outubro de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Brasil planeja reunião técnica com russos

O Ministério da Agricultura deu sinal verde para a vinda de uma nova missão russa para a avaliação do sistema de inspeção nacional e a verificação de empresas.
Essa vinda ocorreria no fim de novembro ou no início de dezembro. Antes da vinda dos russos, no entanto, a Agricultura quer uma reunião técnica entre os dois países para discutir o alinhamento dos critérios de equivalência a serem considerados na avaliação do sistema de controle veterinário brasileiro.
O Ministério da Agricultura propõe esse encontro na Rússia, mas não descarta que possa ser no Brasil, se os russo preferirem. Célio Porto, secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, diz que o encontro é necessário para se chegar a "um nivelamento dos diferentes procedimentos que levam aos mesmos objetivos".
O embargo da Rússia às carnes brasileiras já completou quatro meses. Em reunião da Camex nesta semana, foram avaliados três motivos para o embargo: aval do Brasil à Rússia na OMC (Organização Mundial do Comércio); pressão de produtores ou importadores russos; e restrições puramente sanitárias.
No caso dos dois primeiros motivos, os entendimentos entre os dois países já ocorreram e foram positivos, segundo nota técnica do encontro da Camex. Quanto às restrições sanitárias, o país tem redobrado esforços para responder a todas as inconformidades, tendo sido enviadas respostas relativas a vários estabelecimentos.
As respostas dependem, também, das empresas interessadas, que precisam elaborar um plano de ação com as medidas corretivas, destaca a nota. Porto acredita em uma solução rápida para o embargo, o que pode ocorrer ainda neste ano. Além dessa nova missão russa que virá para negociar, aumenta a necessidade de importação do país nos próximos meses, devido à chegada do frio intenso que paralisa os portos. Além disso, os importadores têm licenças de compra e necessitam do produto brasileiro. Finalmente, a reunião técnica entre os dois países poderia acertar diferenças.

Milho A China continua dando suporte aos preços do milho em Chicago. Os chineses, que já estiveram no mercado brasileiro em busca do cereal, provocam alta nas vendas externas dos norte-americanos.

Participação A China importou 900 mil toneladas de milho do mercado dos EUA na última semana, compra que representou 49% do total exportado pelos norte-americanos.

No positivo Estoques baixos e demanda aquecida fizeram com que o milho voltasse a ter preços positivos no acumulado dos últimos 12 meses em Chicago: mais 13%. A soja subiu 1%; o trigo caiu 8%.

Álcool O ritmo da safra de cana diminui e o preço do álcool volta a subir nas usinas. A cotação do produto foi a R$ 1,29 por litro em Paulínia (SP), ontem.

Pico Em março, na entressafra, o etanol chegou a R$ 1,69 por litro.

Empresa fará classificação de usinas

A Datagro, consultoria especializada no setor de etanol, açúcar e derivados de cana-de-açúcar, e a Fementec, empresa que gera e transfere tecnologia para usinas de açúcar, etanol e destilados, criaram uma empresa para fazer "rating" (classificação) no setor sucroenergético. Denominada Benri (Biomass Energy Research Institute), a nova empresa está voltada para o "rating" nas atividades agrícolas e industriais da cadeia de produção de cana, açúcar, etanol e bioeletriciade. Plinio Nastari, diretor da Datagro, diz que há um bom campo de atuação nesse setor. O "rating" é importante para as usinas porque serve para verificar pontos menos e mais eficientes. Externamente, pode servir para obtenção de acesso a crédito. A divulgação das informações resultantes do "rating", no entanto, ficará a cargo das empresas avaliadas.

Com THIAGO FERNANDES


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