São Paulo, sábado, 22 de janeiro de 2011

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FOCO

Neste verão, cerveja fica mais cara e passagens aéreas caem

PEDRO SOARES
DO RIO

Viajar de avião até ficou mais barato, mas a cervejinha do final de tarde na praia subiu neste verão, ao lado de outras despesas típicas da temporada de férias como sanduíches, academia de ginástica, hotel e clube -todos com aumentos superiores à inflação média ao consumidor de 2010 (6,24%), segundo levantamento da FGV (Fundação Getulio Vargas) feito a pedido da Folha.
O destaque foi mesmo a cerveja, com alta de 10,35% no ano passado.
Já o preço médio das passagens aéreas caiu 13,26% -o que contribuiu para que o aumento dos produtos de verão (4,3%), calculado pela FGV, ficasse abaixo da inflação média.
"O consumo está muito aquecido, o que leva a repasses maiores de pressões de custo pelas empresas", diz André Braz, economista da FGV.
O cenário de aquecimento da economia, afirma, também explica o reajuste acima da inflação de uma série de serviços como hotéis e academias, também impulsionados pelo aumento real do salário mínimo no ano passado -indexador da remuneração de várias categorias, principalmente as com rendimentos menores.
Alguns artigos de vestuário, como bermuda masculina e blusa feminina, também subiram, ainda que menos do que a inflação.
Já alguns itens de recreação ficaram mais baratos em 2010, como teatro (-3,85%) e shows musicais (-0,21%).

VERSÃO DAS EMPRESAS
A AmBev diz que "historicamente reajusta os preços de venda ao varejo uma vez por ano em linha com a inflação". "Os reajustes variam de acordo com as praças e as embalagens dos produtos, e geralmente são anunciados nos últimos meses de cada ano ano, embora não ao mesmo tempo."
Segundo a TAM, a redução do preço médio das passagens aéreas é reflexo do aumento de passageiros viajando a lazer, que compram suas passagens com antecedência, quando as tarifas são mais baixas.
Procuradas, a Schincariol e a Gol não responderam às questões da reportagem.
No caso dos hotéis, o aumento decorre do custo maior com a mão de obra por conta do reajuste do salário mínimo, de acordo com Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Alimentação e Hospedagem.
Já em relação aos bares, Sampaio diz que houve pressão do custo dos produtos, como a cerveja, por exemplo, além do efeito do aumento do salário mínimo.


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