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BB sai em busca de investidor no mercado
Atuais acionistas têm preferência para reservar novas ações, cujo prazo para oferta primária termina amanhã
Oferta secundária, para qualquer investidor, vai até o dia 29; papel pode ser boa opção no médio prazo, afirma analista
MARIANA SCHREIBER
SÃO PAULO
Termina amanhã o período de reserva para a participação da oferta primária de
ações do BB (Banco do Brasil), na qual os atuais acionistas têm preferência. Já a inscrição para a oferta secundária, aberta a qualquer investidor, vai até o dia 29.
Serão oferecidos 286 milhões de ações na oferta primária e outras 70.849.660 na
secundária, que prevê também a possibilidade de oferta
de mais 39.150.340 de papéis
num lote suplementar, caso
haja demanda.
Considerando a cotação
da ação do BB no fechamento de ontem (R$ 28,19), a operação pode movimentar até
R$ 11,16 bilhões.
O preço que será cobrado
na oferta, no entanto, só será
definido no dia 30 e dependerá da demanda, além da
cotação na Bovespa.
O pequeno investidor terá
preferência na aquisição de
10% a 30% das ações vendidas na oferta secundária.
Nesse caso, o investimento
mínimo possível é de
R$ 1.000, e o máximo, de
R$ 300.000. Para o grande
investidor, não há limite.
Da oferta primária apenas
investidores que possuíam
ações do BB no dia 24 de
maio e ainda detêm papéis
do banco podem participar.
Apenas se não houver demanda suficiente por parte
dos atuais acionistas os papéis da oferta primária serão
disponibilizados para outros
investidores.
Na oferta primária serão
vendidas novas ações da instituição, com objetivo de capitalizar o banco.
Isso é necessário para o BB
continuar expandindo sua
oferta de crédito sem comprometer seu índice de Basileia -que mede a relação entre o capital de um banco e
seu volume de empréstimos.
O banco tem 13,7% de exposição. Com a operação deve atingir 15%, embora o BC
exija o mínimo de 11%.
Na secundária serão vendidas ações da União e do
BNDESPar, para aumentar o
número de ações em negociação na Bovespa, de 21,9%
para 25%.
Essa é uma exigência que
o BB deve cumprir por fazer
parte do Novo Mercado, segmento da Bolsa que fixa regras de transparência e proteção aos minoritários.
O analista da Lopes Filho
& Associados João Augusto
Sales considera que o banco
tem bons fundamentos e pode ser um bom investimento
de médio prazo.
No entanto, ele diz que há
sempre o risco de o banco sofrer ingerência política, servindo de ferramenta para políticas públicas que comprometam sua rentabilidade.
"Em 2008 isso aconteceu,
e o banco aumentou a oferta
de crédito na contramão dos
bancos privados. Mas acabou sendo positivo para o BB
porque a crise foi rápida."
Luiz Miguel Santacreu, da
Austin Rating, lembra também que a direção do BB pode sofrer mudanças no próximo governo.
Ontem a ação do BB terminou com forte alta, de 3,56%.
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