São Paulo, quinta-feira, 22 de julho de 2010

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Indústria critica decisão do Copom

GRAZIELLE SCHNEIDER
DE SÃO PAULO

Apesar de o Banco Central ter diminuído o ritmo na alta da taxa básica de juros da economia brasileira, entidades empresariais e sindicais criticaram a decisão. O aumento de 0,5 ponto percentual -para 10,75% ao ano- foi considerado inadequado diante dos sinais de arrefecimento da economia e da inflação.
Em nota, a Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp) afirma que a "pressão de preços, registrada no início de 2010, era fundamentada em causas muito bem definidas: sazonalidade e reajustes esporádicos", por isso, repudiam a medida do Copom (Comitê de Política Monetária).
"O processo de aperto monetário iniciado em abril ainda nem gerou efeitos expressivos na economia real, embora tenha provocado efeito psicológico muito forte no consumidor, que passou a demandar menos produtos", diz o diretor executivo da Fecomercio, Antonio Carlos Borges. Para a entidade, a decisão demonstra um "medo exagerado da autoridade monetária na possibilidade de aumento da inflação".
A decisão foi considerada "insensata" e "nefasta para o setor produtivo brasileiro" pelo presidente em exercício da Força Sindical, Miguel Torres. Ele diz que a medida aumentará a trava para a produção e a geração de empregos e prejudicará o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
O Sistema Firjan defende maior peso da política fiscal no controle da inflação, acompanhado de redução do papel da política monetária.


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