São Paulo, quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Iniciativa privada cresce no saneamento

Expectativa é que participação de empresas privadas no setor chegue a 30% em 2017

GRAZIELLE SCHNEIDER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A expectativa de crescimento do mercado de saneamento está fazendo com que aumente o inte- resse das companhias privadas no setor.
Entre 2006 e 2009, a participação delas na administração dos serviços de tratamento de água e esgoto cresceu de 6% para 10% da população urbana atendida, de acordo com a Abcon (associação das concessionárias privadas de água e esgoto).
O atendimento à população brasileira é feito principalmente por companhias estaduais (70%) e autarquias municipais (20%). Porém, a expectativa da associação é que a iniciativa privada represente 30% até 2017, quando o marco regulatório do setor completará dez anos.
O faturamento anual das empresas privadas com os serviços de saneamento, estimado pela Abcon, é de R$ 1 bilhão -o setor inteiro fatura R$ 30 bilhões.

CONCESSÕES
A entrada das concessionárias privadas no saneamento começou em 1995, segundo Yves Besse, presidente da Abcon, com a Lei das Concessões -que permite a transferência da administração de um serviço ou bem público à iniciativa privada.
Porém, a participação só cresceu mesmo com o marco regulatório do setor, em 2007, que deu mais garantias de segurança às empresas sobre os seus investimentos.
A primeira concessão privada de água e esgoto foi obtida pela Foz do Brasil, braço de engenharia ambiental da Odebrecht, em Limeira (a 151 km de São Paulo), em 1994.
A previsão de faturamento da empresa para 2010 com as operações em Limeira é de R$ 72,4 milhões.
Para Valdir Folgosi, presidente do Sindesam (sindicato das indústrias para saneamento), há um enorme potencial de crescimento do mercado.
Prova disso é a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em agosto, que aponta que menos de um terço dos municípios brasileiros (28,5%) faz o tratamento de esgoto.

EFICIÊNCIA
O índice de perda de água (diferença entre o que a empresa produz e o que chega ao consumidor) é considerado pelo setor um indicador de eficiência.
Em Limeira, o índice é de 17% -o menor do país-, enquanto a média nacional é de 41%. "A parceria com o poder público faz com que a eficiência do setor privado seja colocada à disposição do público para que possa investir mais rapidamente", afirma Besse, da Abcon.


Texto Anterior: Capitalização da Petrobras
Próximo Texto: Sabesp investe em soluções para indústrias
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.