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Iniciativa privada cresce no saneamento
Expectativa é que participação de empresas privadas no setor chegue a 30% em 2017
GRAZIELLE SCHNEIDER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A expectativa de crescimento do mercado de
saneamento está fazendo
com que aumente o inte-
resse das companhias
privadas no setor.
Entre 2006 e 2009, a participação delas na administração dos serviços de tratamento de água e esgoto cresceu
de 6% para 10% da população urbana atendida, de
acordo com a Abcon (associação das concessionárias
privadas de água e esgoto).
O atendimento à população brasileira é feito principalmente por companhias
estaduais (70%) e autarquias
municipais (20%). Porém, a
expectativa da associação é
que a iniciativa privada represente 30% até 2017, quando o marco regulatório do setor completará dez anos.
O faturamento anual das
empresas privadas com os
serviços de saneamento, estimado pela Abcon, é de
R$ 1 bilhão -o setor inteiro
fatura R$ 30 bilhões.
CONCESSÕES
A entrada das concessionárias privadas no saneamento começou em 1995, segundo Yves Besse, presidente da Abcon, com a Lei das
Concessões -que permite a
transferência da administração de um serviço ou bem público à iniciativa privada.
Porém, a participação só
cresceu mesmo com o marco
regulatório do setor, em
2007, que deu mais garantias
de segurança às empresas
sobre os seus investimentos.
A primeira concessão privada de água e esgoto foi obtida pela Foz do Brasil, braço
de engenharia ambiental da
Odebrecht, em Limeira (a 151
km de São Paulo), em 1994.
A previsão de faturamento
da empresa para 2010 com as
operações em Limeira é de
R$ 72,4 milhões.
Para Valdir Folgosi, presidente do Sindesam (sindicato das indústrias para saneamento), há um enorme potencial de crescimento do
mercado.
Prova disso é a Pesquisa
Nacional de Saneamento Básico 2008, divulgada pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) em
agosto, que aponta que menos de um terço dos municípios brasileiros (28,5%) faz o
tratamento de esgoto.
EFICIÊNCIA
O índice de perda de água
(diferença entre o que a empresa produz e o que chega
ao consumidor) é considerado pelo setor um indicador
de eficiência.
Em Limeira, o índice é de
17% -o menor do país-, enquanto a média nacional é de
41%. "A parceria com o poder público faz com que a eficiência do setor privado seja
colocada à disposição do público para que possa investir
mais rapidamente", afirma
Besse, da Abcon.
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