|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
FINANCIAMENTO
Procuradoria questiona operação de BNDESPar com empresa de Eike
DO RIO - O procurador do Ministério Público Marinus Marsico
fez uma representação no TCU
(Tribunal de Contas da União)
em que recomenda a investigação de operação realizada
entre BNDESPar (braço de investimento do BNDES) e LLX
Logística, de Eike Batista.
Em abril do ano passado, o
banco comprou R$ 150 milhões em ações da LLX por
R$ 1,80. Por contrato, deu aos
acionistas a oportunidade de
recomprar 50% dos papéis
com base no valor original corrigido pela inflação mais 15%,
além de prêmio de 20%.
Em agosto de 2009, os acionistas exerceram essa opção
pagando R$ 2,30/ação. Nessa
época, o preço médio de mercado era de R$ 4,44. A diferença entre os valores de mercado
e os da operação foi apontada
pela Folha, em janeiro.
Marsico diz que o BNDES
pode ter cometido ato de gestão antieconômica ao incluir
cláusula de recompra e estima
que deixou de ganhar R$ 90
milhões com a operação.
O BNDES afirma que a operação foi rentável e que a venda dos papéis representou retorno de 27%. Quando se considera o lote integral de ações,
o retorno chega a 200%.
A LLX diz que a operação
evitou um atraso no seu cronograma de investimentos e nega hipótese de favorecimento.
As empresas do grupo EBX
tinham R$ 5,2 bilhões em operações contratadas no BNDES
até o fim do primeiro semestre.
Texto Anterior: FOLHA.com Próximo Texto: Mídia: Grupo pretende comprar jornal "The Boston Globe" Índice | Comunicar Erros
|