São Paulo, sexta-feira, 22 de outubro de 2010

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FINANCIAMENTO

Procuradoria questiona operação de BNDESPar com empresa de Eike

DO RIO - O procurador do Ministério Público Marinus Marsico fez uma representação no TCU (Tribunal de Contas da União) em que recomenda a investigação de operação realizada entre BNDESPar (braço de investimento do BNDES) e LLX Logística, de Eike Batista.
Em abril do ano passado, o banco comprou R$ 150 milhões em ações da LLX por R$ 1,80. Por contrato, deu aos acionistas a oportunidade de recomprar 50% dos papéis com base no valor original corrigido pela inflação mais 15%, além de prêmio de 20%.
Em agosto de 2009, os acionistas exerceram essa opção pagando R$ 2,30/ação. Nessa época, o preço médio de mercado era de R$ 4,44. A diferença entre os valores de mercado e os da operação foi apontada pela Folha, em janeiro.
Marsico diz que o BNDES pode ter cometido ato de gestão antieconômica ao incluir cláusula de recompra e estima que deixou de ganhar R$ 90 milhões com a operação.
O BNDES afirma que a operação foi rentável e que a venda dos papéis representou retorno de 27%. Quando se considera o lote integral de ações, o retorno chega a 200%.
A LLX diz que a operação evitou um atraso no seu cronograma de investimentos e nega hipótese de favorecimento.
As empresas do grupo EBX tinham R$ 5,2 bilhões em operações contratadas no BNDES até o fim do primeiro semestre.


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