|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
VAIVÉM
MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br
Produtor paulista recebe 5% mais
A conjugação de demanda
externa e interna por alimentos dá sustentação aos preços das commodities agrícolas neste segundo semestre.
Com isso, houve alta de
5,2% nos preços recebidos
pelos produtores paulistas
na segunda quadrissemana
deste mês -acumulado das
últimas quatro semanas.
Sem a cana-de-açúcar,
principal produto da agropecuária paulista e, portanto,
com grande peso no índice, a
alta dos preços recebidos pelos produtores de São Paulo é
de 8,4% no período.
Os dados são do IEA (Instituto de Economia Agrícola),
órgão da secretaria paulista
da Agricultura, que acompanha os valores dos produtos
vegetais e animais.
A maior alta ocorreu entre
os vegetais, que subiram
5,5% nas últimas quatro semanas. Os produtos animais
tiveram elevação de 4,5%.
O maior destaque entre os
produtos vegetais vem do feijão. Os produtores conseguiram comercializar a leguminosa com aumento de 70%
no período.
O cenário atual para o produto, no entanto, é outro. Os
preços começaram a cair fortemente nesta semana, tendência que deverá ser mostrada pela pesquisa do IEA
nas próximas semanas.
A laranja "in natura" acumula alta de 20%, devido à
disputa pelo produto tanto
de indústrias como de supermercados, segundo o IEA.
Houve quebra de safra.
Entre os produtos de origem animal, o frango teve o
maior reajuste, acumulando
14% em quatro semanas.
Assim como ocorre com o
feijão, o preço do frango recebido pelos produtores começou a cair. Após ter atingido
R$ 2 por quilo de ave viva no
final de setembro, recuou para R$ 1,80 na quarta-feira.
A arroba de boi gordo vai
em sentido contrário. As próximas pesquisas do IEA deverão registrar evolução média nos preços, já que a arroba atingiu R$ 102 ontem no
mercado físico.
Ainda em alta A arroba de boi gordo foi negociada a R$ 102 ontem no noroeste do Estado de São
Paulo, conforme acompanhamento de preços da
AgraFNP. Ao atingir esse
valor no mercado físico, o
boi registra alta de 31% em
relação a outubro de 2009.
Futuro A alta continua
também no mercado futuro.
O contrato de novembro foi
R$ 103,9 por arroba ontem
na BM&FBovespa. O de dezembro esteve a R$ 102,7%
Soja As importações de
soja pela China deverão
atingir 54 milhões de toneladas na safra 2010/11. Os
números são do próprio governo chinês e ficam próximos das estimativas de 55
milhões feitas pelo Departamento de Agricultura dos
EUA, diz a Reuters.
Queda Os preços das
commodities recuaram ontem na Bolsa de Chicago,
puxados pelo milho, que
acumula recuo de 5% em
uma semana. A queda se
deve à demanda menor externa pelo cereal. A soja
caiu 1%, e o trigo, 2%.
Demanda por algodão é
maior e preço volta a subir
Novos sinais de dificuldades na oferta mundial de algodão e a pressão da demanda, principalmente vinda da
China -um dos principais
consumidores mundiais-,
voltaram a dar novo suporte
aos preços do produto.
Dificuldades na safra chinesa, que está com quebra de
produtividade, também auxiliaram a elevação das cotações, que atingiram US$ 1,16
por libra-peso (454 gramas)
ontem em Nova York. O primeiro contrato futuro teve alta de 1,3% no dia e de 69%
em 12 meses.
No mercado interno, o algodão foi a R$ 2,22 por libra-peso, 8% mais do que há um
mês. Os dados são do Cepea
(Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
Com KARLA DOMINGUES
Texto Anterior: Opinião: Petrobras no palanque Próximo Texto: Luiz Carlos Mendonça de Barros: Acordar para uma nova agenda Índice | Comunicar Erros
|