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Estados fazem lobby por sede da nova estatal
DE BRASÍLIA
A transposição do rio
São Francisco, uma das
vedetes do PAC (Programa
de Aceleração do Crescimento), suscitou a criação
de uma nova estatal, a Agnes (Águas Integradas do
Nordeste Setentrional).
O governo estuda a criação da empresa há um
ano, o que deve ocorrer
por meio de projeto de lei
ou medida provisória. Ainda não há data para o envio do texto ao Congresso.
No entanto, a corrida
para sediar a estatal já esquenta entre os Estados.
A Paraíba faz lobby forte
para que Campina Grande
receba a empresa, que terá
sua receita abastecida com
o dinheiro pago pelo uso
da água, com as tarifas fixas pagas pelos Estados e
provavelmente com recursos da União.
O secretário de Meio
Ambiente, Recursos Hídricos e Ciência e Tecnologia
do Estado, Francisco Sarmento, diz que a cidade fica exatamente no centro
das obras, simbolismo que
a credencia a ser sede.
Outro motivo: a Paraíba
não é sede de nenhuma
grande empresa do governo. Pernambuco já tem a
Sudene, em Recife, e o
Ceará já conta com o Banco do Nordeste, com sede
em Fortaleza.
"É um argumento suplementar", diz Sarmento.
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