São Paulo, quarta-feira, 23 de março de 2011

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Eletrobras quer controlar mais empresas

Presidente da estatal diz que são avaliadas "três ou quatro" distribuidoras estaduais com problemas de gestão

Segundo a Eletrobras, a contratação de uma consultoria é apenas medida de prevenção tomada pela empresa

CIRILO JUNIOR
DO RIO

Ao mesmo tempo em que admite o "descontrole" em investimentos, a Eletrobras anuncia que deve assumir o controle de mais distribuidoras estaduais com problemas de gestão e que dão prejuízo.
Ontem, o presidente da estatal, José da Costa Neto, disse que estão sendo avaliadas "três ou quatro" empresas.
Embora o executivo não tenha confirmado, a empresa negocia a aquisição das distribuidoras estatais do Amapá, de Roraima e de Goiás.
"A Eletrobras entrou nesse ramo da distribuição para resolver problemas de empresas que estavam com má performance. Como há outras com os mesmos problemas, pode ser que a gente acabe tendo que pegar essas empresas", disse Costa Neto.
Nos últimos anos, a companhia assumiu a gestão de distribuidoras em Rondônia, Acre, Amazonas, Boavista, Alagoas e Piauí. Essas empresas ainda dão prejuízo.
As aquisições de distribuidoras não estão contempladas no plano de investimentos da empresa para 2011, que prevê R$ 10 bilhões, especialmente para os setores de geração e transmissão.

AUDITORIA
Sobre a contratação de consultoria para fazer raio-X dos projetos dos quais participa, a empresa diz se tratar de medida de prevenção.
A estatal diz que passa por grande transformação e busca aumentar a competitividade, a rentabilidade e a integração entre as empresas do Sistema Eletrobras.
O objetivo, diz a assessoria, é se adequar às exigências da governança corporativa. Por isso, irá avaliar suas participações acionárias sob a ótica da sustentabilidade econômico-financeira e de risco, como diz o edital.
A companhia afirma ainda que nada está definido com relação à atual carteira de participações da Eletrobras, seja em ativos em formação, seja em ativos em operação.

CARGOS
Na Eletrobras só o cargo de presidente foi mudado desde a posse de Dilma Rousseff. José Costa Carvalho, o Costinha, ex-presidente da Cemig, assumiu no lugar de José Antônio Muniz (PMDB), que é ligado à família Sarney.
Sem proximidade com o PMDB, a indicação de Costinha foi trabalhada por Fernando Pimentel e aprovada por Dilma. A presidente manteve as outras diretorias da estatal, que possui técnicos de carreira com apadrinhamento político do PMDB.
A exceção é o grande manda-chuva da Eletrobras, Valter Cardeal (PT), diretor de Engenharia e homem de confiança de Dilma. Ele deverá permanecer no cargo.
Colaborou a Sucursal de Brasília


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