DE SÃO PAULO - A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve uma trajetória errática na rodada de negócios de ontem.
De manhã, o mercado mostrou recuperação, na contramão dos mercados externos.
O ímpeto visto nos negócios da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), no entanto, não durou até o encerramento do pregão: o "termômetro" Ibovespa teve leve queda de 0,03%, enquanto a referência mundial para os investidores, o Dow Jones (Nova York), perdeu 1,43%.
O noticiário externo não contribuiu para manter o tom positivo. Nos Estados Unidos, a queda nas vendas de casas (2,2%) frustrou expectativas. E, na Europa, as ações recuaram em Paris (0,82%) e em Londres (0,98%), num dia em que o governo britânico divulgou o plano de ajuste das contas mais severo desde os anos 1980.
Propostas rigorosas de cortes de gastos por vezes são elogiadas pelos mercados, sendo vistas como necessárias para sanar rombos fiscais. Mas também renovam temores de que possam atrasar a recuperação da economia mundial.
Já o dólar atingiu R$ 1,78 no fechamento, após oscilar em torno de R$ 1,76 durante boa parte do dia.
"A perspectiva para o dólar continua de estabilidade ou queda, no curto prazo", diz Fabiano Rufato, diretor de câmbio do grupo Fitta.
"Mesmo o rebaixamento das projeções de investimentos externos pelo Banco Central não altera esse cenário."


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