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"Guerra" leva a queda de preços de leitores de livros eletrônicos
Amazon e Barnes & Noble baixam preço de aparelhos nos EUA preocupadas com iPad, da Apple
Kindle, da Amazon,
é vendido no Brasil; chegada do iPad mudou relação das vendedoras de livros com editoras
DO "NEW YORK TIMES"
A rede de livrarias norte-americana Barnes & Noble
anunciou nesta semana que
reduziu o preço de seu leitor
eletrônico Nook de US$ 259
para US$ 199.
A empresa também anunciou o lançamento de outra
versão do aparelho, que só se
conecta à internet por meio
de Wi-Fi, por US$ 149.
Em resposta, a Amazon reduziu o preço de seu popular
leitor eletrônico Kindle, de
US$ 259 para US$ 189.
Os cortes de preços foram
adotados em um momento
no qual os fabricantes de leitores eletrônicos enfrentam
crescente ameaça do iPad.
Ainda que seja mais caro,
o aparelho da Apple, que
custa a partir de US$ 500,
tem tela colorida que contrasta com a tela monocromática dos leitores.
A Apple anunciou ter vendido mais de 3 milhões de
iPads nos quase três meses
desde o lançamento.
O Kindle é vendido a consumidores do Brasil pela própria Amazon. O preço é US$
410 (cerca de R$ 724), incluindo entrega e taxas de
importação. Já o Nook não é
entregue no Brasil. O iPad
não foi lançado no país.
PREÇO EM QUEDA
"Ficou evidente que o preço dos leitores eletrônicos
simples teria de cair", disse
James McQuivey, analista da
Forrester Research. "O que
não imaginávamos é que isso
aconteceria tão rápido."
Até o segundo trimestre,
vendedores como a Amazon
e a Barnes & Noble ofereciam
best-sellers subsidiados a fim
de atrair consumidores.
No entanto, 5 das 6 maiores editoras do mercado dos
Estados Unidos fecharam
acordo com a Apple para mudar o modelo de venda de livros eletrônicos.
Os vendedores terão de
elevar preços e passarão a ser
remunerados com comissão
de 30%, o que permitirá que
sacrifiquem parte de seu lucro com venda de aparelhos.
Os cortes de preço dos aparelhos devem reforçar o ímpeto de um mercado que,
apesar do iPad, continua
crescendo. Devem ser vendidos 6,6 milhões de leitores
eletrônicos neste ano, ante
3,1 milhões em 2009, de acordo com a Forrester.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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