São Paulo, quarta-feira, 23 de junho de 2010

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"Guerra" leva a queda de preços de leitores de livros eletrônicos

Amazon e Barnes & Noble baixam preço de aparelhos nos EUA preocupadas com iPad, da Apple

Kindle, da Amazon, é vendido no Brasil; chegada do iPad mudou relação das vendedoras de livros com editoras


DO "NEW YORK TIMES"

A rede de livrarias norte-americana Barnes & Noble anunciou nesta semana que reduziu o preço de seu leitor eletrônico Nook de US$ 259 para US$ 199. A empresa também anunciou o lançamento de outra versão do aparelho, que só se conecta à internet por meio de Wi-Fi, por US$ 149.
Em resposta, a Amazon reduziu o preço de seu popular leitor eletrônico Kindle, de US$ 259 para US$ 189.
Os cortes de preços foram adotados em um momento no qual os fabricantes de leitores eletrônicos enfrentam crescente ameaça do iPad. Ainda que seja mais caro, o aparelho da Apple, que custa a partir de US$ 500, tem tela colorida que contrasta com a tela monocromática dos leitores. A Apple anunciou ter vendido mais de 3 milhões de iPads nos quase três meses desde o lançamento.
O Kindle é vendido a consumidores do Brasil pela própria Amazon. O preço é US$ 410 (cerca de R$ 724), incluindo entrega e taxas de importação. Já o Nook não é entregue no Brasil. O iPad não foi lançado no país.

PREÇO EM QUEDA
"Ficou evidente que o preço dos leitores eletrônicos simples teria de cair", disse James McQuivey, analista da Forrester Research. "O que não imaginávamos é que isso aconteceria tão rápido."
Até o segundo trimestre, vendedores como a Amazon e a Barnes & Noble ofereciam best-sellers subsidiados a fim de atrair consumidores. No entanto, 5 das 6 maiores editoras do mercado dos Estados Unidos fecharam acordo com a Apple para mudar o modelo de venda de livros eletrônicos.
Os vendedores terão de elevar preços e passarão a ser remunerados com comissão de 30%, o que permitirá que sacrifiquem parte de seu lucro com venda de aparelhos.
Os cortes de preço dos aparelhos devem reforçar o ímpeto de um mercado que, apesar do iPad, continua crescendo. Devem ser vendidos 6,6 milhões de leitores eletrônicos neste ano, ante 3,1 milhões em 2009, de acordo com a Forrester.

Tradução de PAULO MIGLIACCI



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