São Paulo, quinta-feira, 23 de junho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Harley pode ser multada por demora em fazer recall Autuação pode chegar a R$ 6 milhões, dependendo de danos causados, diz Procon-SP, que analisará justificativas da empresa DE SÃO PAULO A demora da Harley-Davidson em fazer no Brasil recall de motos que já foram alvo de campanhas nos Estados Unidos desde 2004 pode render à empresa multa de até R$ 6,2 milhões. A informação é da Fundação Procon-SP, que já pediu esclarecimentos sobre a demora em iniciar sete recalls de 2.239 motos das marcas Harley-Davidson e 241 Buell Distribution Company. A Buell deixou de ser vendida no mundo, mas ainda é representada pela fabricante de motos de luxo. "Se as justificativas da empresa não forem suficientes para detalhar e explicar por que levou até sete anos para começar a convocar os donos das motos para o recall, ela pode, sim, ser autuada", afirma Cleni Dombroski Leal, técnica do Procon-SP. O valor das multas aplicadas pelo órgão depende do faturamento da empresa e dos danos causados. A empresa entregou ontem as justificativas que serão analisadas pelos técnicos do Procon. "Consumidores que provarem que sofreram acidentes ou que tiveram prejuízos por conta dos problemas de fabricação das motos envolvidas nos recalls podem recorrer à Justiça e pedir indenizações por danos materiais e morais", diz Leal. Na segunda-feira, a empresa iniciou campanha para convocar proprietários de motos fabricadas entre 2004 e 2008 com problemas que envolvem desde o cano do escapamento até o disjuntor principal e o freio dianteiro. Rocco Belforte, gerente de pós-venda da Harley-Davidson, disse que, desde segunda, 200 pessoas procuraram a empresa -sendo 120 donas de motos incluídas nos recalls. Desse total, 60 já agendaram os reparos necessários. Para isso, é preciso telefonar para 0800-724-1188. A Harley tem oito concessionárias em seis Estados. "Haverá casos em que podemos deslocar um profissional especializado até o endereço do proprietário ou então deslocar a moto", diz o gerente de pós-venda. Texto Anterior: Credibilidade de jornalistas é maior no Brasil Próximo Texto: Commodities: Potencial de consumo atrai novo investimento à indústria do peixe Índice | Comunicar Erros

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