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Civets é a nova denominação para emergentes promissores
DE SÃO PAULO
Nem tigres, nem dragões,
nem Brics. O último acrônimo que começa a circular sobre países emergentes com
forte potencial de crescimento é Civets, referente a Colômbia, Indonésia, Vietnã, Egito,
Turquia e África do Sul.
Civet (civeta em português) é um mamífero veloz
de família próxima à dos felinos e encontrado em alguns
dos países da sigla.
A paternidade do acrônimo é da consultoria Economist Intelligence Unit (EIU).
Mas o termo começou a ganhar fama depois de um discurso de Michael Geoghegan, presidente-executivo do
HSBC, em abril passado.
"Cada um deles tem um futuro brilhante. Cada um deles tem uma grande, jovem e
crescente população. Cada
um tem uma economia diversa e dinâmica", disse.
Robert Ward, diretor de
projeções globais da EIU, ressalta que os Civets sobreviveram muito bem à crise econômica global.
Em 2009, ano em que a
economia mundial se contraiu em 2%, três dos Civets
(Egito, Indonésia e Vietnã) tiveram desempenho econômico impressionante, crescendo por volta de 5%, e o
PIB (Produto Interno Bruto)
da Colômbia ficou estável.
Já as economias da África
do Sul e da Turquia se contraíram em 2009, respectivamente, 1,8% e 4,7%. Mas a
Turquia se recupera fortemente em 2010, enquanto a
economia sul-africana melhora a ritmo mais lento.
Geoghegan afirmou que,
desde que o termo Bric (que
se refere a Brasil, Rússia, Índia e China) foi inventado pelo Goldman Sachs, virou
uma espécie de "mantra para
qualquer estratégia de expansão no mercado".
Mas ressaltou que empresas com ambições globais
precisam olhar para outros
mercados emergentes, principalmente dado o cenário de
crescimento baixo para países desenvolvidos nos próximos anos.
Segundo Ward, no entanto, nem todos os emergentes
são iguais: "Os mais bem administrados atrairão a maior
fatia de volumosos investimentos nos próximos anos".
(EF)
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