São Paulo, sábado, 23 de julho de 2011

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Construtora abre 3.000 vagas para as obras da usina de Jirau

Contratação ocorre 4 meses após parte de canteiro ser destruída

MATHEUS MAGENTA
DE SÃO PAULO

FELIPE LUCHETE
DE BELÉM

Quatro meses após protestos de operários que destruíram parte do canteiro de obras de Jirau, em Rondônia, a Camargo Corrêa abrirá quase 3.000 vagas de trabalho nos próximos três meses para retomar o ritmo de construção da usina.
Antes do quebra-quebra, a hidrelétrica que vem sendo construída no rio Madeira reunia cerca de 22 mil trabalhadores, dos quais 19 mil moravam em alojamentos. A maioria era de contratados da Camargo Corrêa.
Cerca de 6.000 operários voltaram em março a seus Estados de origem. As obras retornaram no mês seguinte.
A empreiteira chegou a anunciar que nem todos voltariam, mas foi proibida de promover demissão em massa pela Justiça do Trabalho.
Hoje, há cerca de 15 mil funcionários na obra _10.500 contratados da construtora. Segundo o sindicato da categoria, 3.000 pessoas não quiseram mais voltar à obra.

'PRIORIDADE'
A Camargo Corrêa diz que os funcionários que já atuavam na construção anteriormente são "prioridade" e receberam uma carta de preferência de recontratação.
Após os tumultos, sindicatos, governo federal e empresas discutiram mudanças no regime de trabalho, apontado como causa da revolta.
Segundo o Sticcero (sindicato dos trabalhadores da construção civil), foram negociados aumento salarial e da cesta básica, além da diminuição do período para a "baixada" (visita à família).
A construtora diz que não houve "mudanças significativas" nas condições de trabalho porque elas "são as melhores disponíveis no país".
Homens da Força Nacional de Segurança, enviados em março pelo governo, deixaram o local nesta semana, disse o sindicato. O Ministério da Justiça não confirmou.
Cerca de 20 pessoas foram indiciadas sob a suspeita de atuar no quebra-quebra, afirmou a polícia. Elas respondem em liberdade. O inquérito deve acabar em agosto.
Somente os 65 ônibus queimados causaram perdas de R$ 10 milhões, disse o diretor da divisão de crimes contra o patrimônio, Hélio Lopes Filho. A empresa não informou à polícia o total do prejuízo.


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