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MERCADO ABERTO
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Setor de elevadores quer garantir mercado na Copa
Fabricantes brasileiros de
elevadores pleiteiam com o
governo federal uma reserva
de mercado de 30% no fornecimento desses equipamentos, além de escadas e esteiras rolantes, para a Copa do
Mundo, em 2014, e para os
Jogos Olímpicos, em 2016, segundo o sindicato do setor.
O mercado nacional é dominado por três multinacionais -Atlas Schindler,
ThyssenKrupp e Otis- e tornou-se alvo também de chineses, com a proximidade
dos eventos esportivos.
"O governo deve encontrar
mecanismos para manter a
indústria nacional", afirma
Jomar Cardoso, presidente
do Sindicato das Empresas
de Elevadores do Estado de
São Paulo.
Dos 102 participantes da
Expo Elevador, feira da indústria que ocorreu neste
mês na capital, 54 eram estrangeiros -dos quais 24 chineses. Em 2008, na última
edição, havia apenas três expositores do país asiático.
Esse mercado movimentou R$ 2,5 bilhões em 2009, o
que inclui o faturamento
com a venda de equipamentos novos, além da receita
com serviços de manutenção
e conservação.
A estimativa do sindicato é
que as empresas nacionais
respondam por aproximadamente 10% desse valor.
O presidente da Câmara
Brasileira da Indústria da
Construção, Paulo Safady Simão, porém, é contra a reserva de mercado.
"É preciso encontrar outros caminhos para estimular
as empresas nacionais a se
tornarem competitivas ante a
concorrência das multinacionais", diz. "É um problema que incomoda a indústria
brasileira como um todo."
Corretoras se preparam para aumento da demanda
Corretoras de valores investem em tecnologia, pessoal e educação financeira de
olho na demanda que deve
crescer com a campanha, estrelada por Pelé, que a
BM&FBovespa lançará para
chegar a 5 milhões de pessoas físicas.
A Planner investe neste
ano cerca de R$ 3,5 milhões
na infraestrutura da corretora. "Reforçamos o departamento comercial, investimos
em novos softwares e contratamos diretores e gerentes",
diz o diretor Marcus De Rosa.
A Votorantim Corretora
também afirma ter feito "investimentos maciços em tecnologia e pessoal", segundo
o diretor-geral Abraham
Weintraub. Para ele, a chave
do sucesso na retenção de
clientes está no atendimento.
"Corretora se parece mais
com restaurante do que com
banco", diz. "Sem serviço
bom, ele não volta."
A Spinelli lançou uma ferramenta quase sem termos
em inglês. "A campanha
atrairá quem não conhece o
idioma", diz Rodrigo Puga.
A Coinvalores lançará sistema simplificado e com
acesso personalizado a analistas, enquanto a Socopa
planeja um pacote de serviços para "evitar que iniciantes percam interesse", diz Fabrício Tota.
Já a Link Trade ampliou
cursos e palestras. "Uma coisa é gerar demanda, outra, é
ensinar a investir", diz a diretora Mônica Saccarelli.
Banco do Brasil
lança fundo com Votorantim para
a alta renda
A BB DTVM, subsidiária
do Banco do Brasil responsável pela gestão de recursos,
expande o seu portfólio no
segmento de alta renda.
A gestora irá lançar nos
próximos meses fundos com
expectativa de captação de
R$ 500 milhões, no mínimo,
de acordo com projeção de
Carlos Massaru Takahashi,
presidente da BB DTVM.
Em parceria com o Banco
Votorantim, a administradora de recursos irá lançar em
setembro um fundo imobiliário, voltado para empreendimentos com alto valor, de
construtoras conhecidas no
mercado, além de outros dois
Fidcs (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios)
vinculados a recebíveis de
varejo, segundo Takahashi.
"Estamos ampliando e diversificando o nosso portfólio para os clientes de alta
renda. A expectativa é positiva para esse segmento que
tem demandado produtos de
maior valor agregado", diz.
Com lançamento previsto
para outubro, a BB DTVM
prepara mais dois fundos na
categoria capital protegido,
um de ações ligado ao Ibovespa e outro multimercado
ligado ao câmbio.
A BB DTVM é líder do mercado de gestão de recursos e
fechou o primeiro semestre
deste ano com patrimônio de
R$ 345 bilhões.
APÊ PARA A 3ª IDADE
A Tecnisa inicia neste
mês a comercialização de
seu primeiro empreendimento com "consciência
gerontológica". O projeto
oferece facilidades para
clientes da terceira idade,
como portas mais largas,
pisos antiderrapantes,
rampas e detalhes para
ajudar o acesso de idosos,
como fechadura especial,
características que podem
ser emprestadas a outros
empreendimentos da empresa no futuro.
Após esse primeiro empreendimento, em Santos
(SP), com 200 unidades e
VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 119 milhões, a
empresa já tem em aprovação outros dois, que juntos
ultrapassam mil apartamentos. Um projeto para
Barueri (SP) tem 911 unidades. Outro, na zona leste
de São Paulo, 112.
No ar A Indústria Fox
inaugura em setembro, em Cabreúva (SP), com investimento de R$ 20 milhões, uma fábrica de reciclagem de geladeira, freezer e ar condicionado. A unidade poderá reciclar
420 mil aparelhos por ano.
Cidade... No último final
de semana, cerca de cem pontos de iluminação pública no
Viaduto do Chá e na Praça Ramos, em São Paulo, receberam
lâmpadas de vapor metálico
em substituição às de vapor de
sódio. A troca faz parte de um
projeto piloto da Liteman, que
espera fornecer a tecnologia
para a prefeitura. O contrato é
estimado em R$ 11 milhões.
...luz Lâmpadas de vapor
metálico, segundo a empresa,
não demandam a troca de reatores dos postes, o que reduz o
custo da renovação, e têm o
mesmo consumo de outras.
Segurança... A AlertBoot, companhia norte-americana de soluções de criptografia, abre nesta semana uma
subsidiária no Brasil.
...de dados... O foco será
oferecer a ferramenta a bancos, seguradoras, operadoras
de planos de saúde, escritórios
de advocacia e companhias de
capital aberto ou que planejam ir à Bolsa.
...e risco Para a abertura
da subsidiária, a companhia
recrutou como diretor no país
Rodrigo Moura Fernandes, ex-diretor de gestão de risco do
Banco Opportunity.
Pé na estrada A butique
de inovação Mandalah, fundada em 2006, inaugurou operações em Nova York e Tóquio.
Com sede em São Paulo, a empresa já tem escritório na Cidade do México.
AUMENTO DO ALUGUEL
Os valores cobrados nos
contratos de aluguéis residenciais em São Paulo estão em alta.
Em julho, a categoria registrou aumento de 0,8%
ante os valores praticados
em junho, segundo levantamento do Secovi-SP.
Nos últimos 12 meses, o
aumento médio acumulado
foi de 10,9%. O valor supera
os indicadores de inflação,
como o IPCA, que alcançou
4,6% em igual período.
Os maiores acréscimos
estão em casas e apartamentos de um dormitório,
com alta de 1,2%.
A elevação é atribuída ao
retorno escolar. "Esse aumento tem influência da
demanda de estudantes por
imóveis perto das universidades", afirma Francisco
Crestana, do Secovi-SP.
O aluguel das residências de dois quartos teve desempenho semelhante ao
valor médio da pesquisa.
Nos imóveis de três quartos, o preço ficou estável.
As casas e os sobrados tiveram maior velocidade para serem alugados. Os apartamentos demoraram mais.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, FLÁVIA MARCONDES e TATIANA RESENDE
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