São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 2011 |
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VAIVÉM MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br Incerteza econômica derruba as commodities As commodities voltaram a registrar forte queda ontem no mercado externo. Dólar elevado, que torna os produtos mais caros, e a previsão de demanda menor, devido à desaceleração econômica, empurram os preços de alimentos, metais e petróleo para baixo. A efetivação dessa tendência de queda pode não ser confirmada nas próximas semanas. Os problemas financeiros podem não ter efeito tão grande na vida real, principalmente no consumo de alimentos. A queda mais forte se mostra em Nova York, por negociar produtos mais suscetíveis a consumo nos períodos de crises econômicas. Nos últimos sete dias, o preço do café caiu 9%, enquanto o açúcar ficou 13% mais barato. O algodão, que já vinha perdendo valor por ter atingido patamares recordes, caiu 12%. Em Chicago, o trigo lidera as quedas, com recuo de 9% em sete dias, seguido do milho, que recuou 7%. Com a aceleração das quedas dos produtos agrícolas, vários deles já são negociados por preços inferiores aos de há um ano. O trigo, cujos estoques mundiais subiram com a elevação de produção, já é negociado a 12% abaixo dos valores de setembro de 2010. O milho, devido à queda de produtividade nos Estados Unidos e aos baixos estoques, ainda mantém preços 29% superiores aos de há um ano. Em Nova York, cacau e algodão também já são negociados com preços inferiores aos de setembro do ano passado. O açúcar, com taxa ainda positiva, caminha para valores próximos aos de 2010. A queda de preços dos metais, devido às estimativas de retração econômica, supera a dos alimentos. O cobre caiu 5% em Londres ontem, acumulando perda de 12% nos últimos sete dias. O petróleo, também suscetível ao ritmo da economia, recuou 6,3% ontem em Nova York. O barril foi negociado a US$ 80,51. Milho A queda do real vai tornar o milho brasileiro mais competitivo no mercado externo. O dólar próximo de R$ 1,90 e o milho a US$ 6,50 por bushel (25,4 quilos) em Chicago farão com que o valor recebido nas exportações determinem o preço interno em várias regiões. Exportações Estoques baixos no mercado externo vão facilitar as vendas do milho brasileiro. Segundo Leonardo Sologuren, da consultoria Clarivi, as exportações deste ano deverão somar 9 milhões de toneladas. Cafés especiais A Syngenta reunirá 40 torrefadores e baristas americanos em Portland (EUA) para apresentar 15 cafés especiais produzidos por membros do Nucoffee, programa de estímulo de qualidade da empresa. O objetivo do encontro é promover o produto brasileiro de boa qualidade. Café Refletindo as quedas no mercado externo, a saca de café teve recuo de 1% no mercado interno. Frango Os preços da ave viva voltaram a cair. As negociações foram a R$ 1,90 ontem nas granjas de São Paulo. Pecuária Uma expedição percorrerá 24 mil quilômetros e vai avaliar a qualidade do rebanho e das áreas de pastos nas principais fronteiras pecuárias do país. Denominado Rally da Pecuária, o evento é realizado pelas consultorias Agroconsult e Bigma. DE OLHO NO PREÇO COTAÇÕES Mercado Interno Algodão (R$ por arroba) 18,93 Soja (R$ por saca) 45,47 Nova York Suco de laranja (cent.de US$)* 158,65 Cacau (US$ por tonelada) 2.680 * por libra-peso Texto Anterior: Análise/Bioenergia: Biomassa tende a elevar participação na oferta de energia Próximo Texto: Inmetro certificará bens de informática Índice | Comunicar Erros |
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