São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Justiça condena 5 envolvidos no caso Cisco e absolve 2 dirigentes

Acusação é de fraude em importações; cabe recurso da decisão

DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA


A Justiça Federal condenou a cinco anos e dois meses de prisão cinco pessoas ligadas ao suposto esquema de fraude em importações de produtos da Cisco, mas absolveu Carlos Roberto Carnevali, ex-presidente da multinacional no Brasil.
Cabe recurso da decisão. Outro diretor, Helio Pedreira, também foi absolvido.
Carnevali presidiu a Cisco de 1994 a 2002 e, até quatro anos atrás, passou a responder pelos negócios da multinacional na América do Sul.
O executivo foi demitido por telegrama durante os 54 dias em que ficou preso após a Operação Persona. Foi acusado de controlar empresa que fraudava importações (a Mude) e de ter recursos no exterior -nada foi provado.
Ele diz que sofreu "devassa pública e moral" e que jamais teve o apoio da Cisco.
Todos os condenados eram da Mude, principal distribuidora da Cisco no país. A Justiça concluiu que o esquema usava uma rede de empresas fantasmas para importar dos EUA produtos sem pagar todos os impostos.
A sonegação foi de R$ 1,5 bilhão, segundo a Receita.
Foram condenados os então diretores da Mude José Roberto Pernomian Rodrigues, Fernando Machado Grecco, Marcelo Naoki Ikeda, Marcilio Palhares Lemos e Moacyr Alvaro Sampaio, além de Reinaldo de Paiva Grillo (da What's Up).
A sentença também absolveu Gustavo Castellari Procopio, Fabio Vicente de Carvalho, Everaldo Batista Silva e Leandro Marques da Silva.
Paulo Morais, advogado de Pedreira, diz que seu cliente foi acusado de fraude a partir de uma interpretação errada da PF sobre uma única conversa telefônica.


Texto Anterior: Outro lado: Empresa diz que avisou órgão sobre problema
Próximo Texto: Outro lado: Defesa vai pedir a extinção do processo
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.