São Paulo, domingo, 24 de abril de 2011

Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros

Abrir mão de estatal traz custo político

DE SÃO PAULO

Aceitar a proposta das teles de venda de combos como forma de evitar investimentos na Telebrás traz um efeito colateral indesejável ao governo: a possível anulação da estatal.
A Folha apurou que Dilma não quer assumir esse custo político, afinal a União investiu na reestruturação da Telebrás para ser um dos pivôs do PNBL.
Enquanto não resolve esse impasse, o governo joga nas duas frentes. Ao mesmo tempo em que conta com a Telebrás nas ofertas de atacado, tenta obrigar as teles a fazer ofertas "generosas" aos provedores.
Uma das propostas sobre a mesa seria obrigá-las a vender conexões mais simples (entre 1 Mbps e 2 Mbps) por preços de referência definidos pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Essas ofertas só valeriam para as empresas sem poder de mercado.
Por isso, o governo determinou à agência que apresse a discussão sobre o PGMC (Plano Geral de Metas de Competição), que definirá o "poder" das empresas em cada ramo de negócio, inclusive provedores.
O governo quer que empresas sem "poder" também tenham acesso a linhas especiais de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a compra de equipamentos.
Hoje a Anatel já divulga valores de referência ao mercado atacadista, mas, segundo os provedores, eles não são seguidos.
As operadoras afirmam que os preços refletem os custos elevados para disponibilizar rede, principalmente onde não há volume de pedidos. (JW)


Texto Anterior: Frase
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.